sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

CONSTANTINO E O DOMINGO


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SOBRE O DOMINGO, Vejamos aqui alguns trechos do livro QUANDO NOSSO MUNDO SE TORNOU CRISTÃO. O autor é Paul Veymes, um arqueólogo e historiador francês, especialista em história da antiguidade romana. no capítulo SEMPRE O DOMINGO (P. 61)
     Dando prova assim de esperteza de espírito, o imperador impôs ao mundo antigo, cujo calendário era diferente, o ritmo temporal da semana que até hoje vigora; introduziu assim, de modo indolor, um pouco do calendário religioso cristão no ano civil, mas sem atentar contra a liberdade religiosa de cada um.

       Vemos aqui que Constantino não impôs a guarda do domingo a ninguém. Os pagãos tinham um dia de folga para o que quisessem, e os cristãos tinham o dia livre pra adoração e culto. Coisa que aliás já faziam. Além disso, o decreto dominical não abrangia a todas as classes sociais.
      Que todos os juízes, e todos os habitantes da cidade, e todos os mercadores e artífices descansem no venerável dia do Sol. Não obstante, atendam os lavradores com plena liberdade ao cultivo dos campos; visto acontecer amiúde que nenhum outro dia é tão adequado à semeadura do grão ou ao plantio da vinha; daí o não se dever deixar passar o tempo favorável concedido pelo céu.
      Ou seja, os habitantes da zona rural estavam desobrigados desta cessação de trabalho.
      Interessante ainda destacar que o decreto dominical de Constantino só foi reconhecido pela Igreja Cristã 4 anos mais tarde, no Concílio de Nicéia.
     Ou seja, ele era um decreto CIVIL, não RELIGIOSO. Nada falava sobre adoração a esta ou aquela divindade.
     A expressão DIA DO SOL era como as pessoas da época conheciam o primeiro dia da semana.
       Constantino decidiu que a partir daquele momento haveriam um justitium [FERIADO] perpetuamente (ele usa a palavra justitium em sua lei): um dia a cada sete, o dia do sol (dies solis, o imperador também escreveu), cujo nome era conhecido por todos, pagãos e cristãos. Sua lei dizia apenas isso. Observe-se: foi a única vez em que esse potentado fez menção a esse sol do qual tinha sido adorador.
      Ou seja, Constantino fala em DIA DO SOL apenas como referência do dia, não no sentido de adorar o sol.
      Os cristãos se reuniam em sua sinaxe [ASSEMBLEIA, REUNIÃO] no último dia de cada semana, para comemorar a Ressurreição com a eucaristia; o dia do sol, dessa forma, tornou-se, para os cristãos, o dia do Senhor (dimanche, domenica, domingo), dia da missa.
     Na língua inglesa, os nomes dos dias da semana continuaram sendo os nomes dos deuses pagãos. Por isso que domingo é SUNDAY (DIA DO SOL) em inglês, apesar da PALAVRA DOMINGO não ter o mesmo significado de DIA DO SOL.
     Ou seja, se for pelo NOME, os adventistas brasileiros e portugueses estão muito mais próximos de Deus do que os adventistas americanos....pois lá eles não está no SÁBADO (descanso), mas sim no SATURDAY (dia do deus Saturno).....

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