sábado, 24 de agosto de 2013

UM EXEMPLO DE CRISTO




João 3.16 é uma das passagens bíblicas mais conhecidas dos cristãos. 

É chamada por alguns de "o texto áureo da Bíblia". 

A narrativa simples e sucinta
de que "Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho Unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" é ao mesmo tempo despretensiosa e sublime, é como uma união gramatical da natureza humana e divina.

Mas o que me chama a atenção nesse versículo é o contexto em que foi falado. O capítulo 3 de João nos conta que um dos príncipes dos judeus, chamado Nicodemos, foi na calada da noite falar com Jesus, e nessa conversa é que Cristo menciona essa passagem bíblica.

Ou seja, um dos mais sublimes (talvez o mais de todos) versículos da Bíblia não foi falado para as multidões, não foi proclamado no pináculo do templo, não foi gritado do alto de uma montanha, mas falado na calada da noite, para uma única pessoa (talvez uma ou duas mais, se considerarmos que alguns dos discípulos poderiam estar observando).

Esse comportamento pouco pretencioso de Jesus ao enunciar as verdades mais exaltadas do Cristianismo nos mostra que o Mestre da Galiléia nunca se enquadraria no comportamento espalhafatoso (até mesmo escandaloso, poderia dizer) de alguns pregadores modernos, que alardeiam aos quatro ventos suas visões, revelações e experiências.

Outra mostra desse traço de Jesus pode ser visto em Lucas 24, a narrativa dos discípulos no caminho de Emaús. Durante quase um dia inteiro, aqueles dois homens tiveram uma verdadeira aula do que o Antigo Testamento narrava sobre Jesus. Possivelmente tenha sido o maior sermão do Mestre, mas apenas duas pessoas foram os espectadores.

Que o exemplo de Jesus nesses episódios nos faça refletir que o importante não é para quantas pessoas pregamos ou ensinamos, ma sim o quê sai de nossos lábios.

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