E
EU, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a
carnais, como a meninos em Cristo. (1ª Co 3.11)
Quando
eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como
menino; mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de
menino (1ª Co 13.11)
Irmãos,
não sejais meninos no entendimento, mas sede meninos na malícia, e
adultos no entendimento (1ª Co 14.20)
Para
que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo
o vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia,
enganam fraudulosamente (Ef 4.14).
Mas,
por falta de entender melhor a exortação de Jesus de “quem não
se fizer como criança não entrará no Reino dos Céus”, muitos
cristãos imaginam que devem ser meninos espirituais, no pior sentido
da palavra.
O
que uma criança mais gosta de fazer ? De brincar, é claro, de se
divertir.
E
é justamente isso que vemos nos dias de hoje. Membros, congregados e
obreiros (não todos, graças a Deus !) com um comportamento
espiritual infantil, buscam programações evangélicas que servem
unicamente para distraí-los e satisfazer sua necessidade lúdica.
Talvez
por causa disso os shows gospel tenham ficado tão procurados,
afinal, neles a pessoa pode extravasar seu comportamento infantil,
romper as barreiras, quebrar os paradigmas, exatamente como uma
criança mal-educada faz numa loja: sai correndo sem controle,
mexendo em tudo, pegando o que não é seu, e nunca satisfeita,
joga-se no chão, berra e chora (aliás, virou moda os crentes se
jogarem no chão, o famoso “cair no poder”; será coincidência
?).
Mas
como qualquer mãe e pai sabe, a criança precisa de corretivo e
instrução. Ainda que não queira, ela precisa aprender a viver em
sociedade, controlando seus impulsos e direcionando suas energias
para o que é útil e proveitoso.
Acredito
que muitos cristãos atuais precisam desse mesmo tratamento
dispensado às crianças birrentas e mal-educadas. Quem sabe, até
algumas palmadas...
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