terça-feira, 4 de maio de 2010

As escolhas do Homem

A Bíblia Sagrada nos conta que num período da história do povo de Israel eles foram governados por líderes tribais chamados juízes. Eram pessoas que Deus levantava e capacitava a levar o povo à vitória contra as tribos inimigas: filisteus, amonitas, moabitas, e outros mais. Não era um rei, não era um imperador, era mais como um chefe guerreiro local. Porém, chegou um tempo em que o povo cansou de ser liderado daquela maneira.Então, eles reuniram-se com Samuel, que era o juiz naquele tempo.

Samuel era um homem de Deus. Quando criança, tinha ouvido Deus falar com ele pessoalmente. Deus o tinha usado para liderar o povo contra os filisteus, e lhes tinha dado grandes vitórias. Três vezes por ano ele viajava por todo o território de Israel, julgando as causas do povo, levando a lei e a ordem a todas as cidades.

Mesmo assim, mesmo com um líder desse nível, tanto que muitos líderes de hoje não chegam aos pés de um Samuel, o povo de Israel apresentou um pedido, ou melhor, um ultimato: “queremos um rei, como os outros povos tem um rei para governá-los; quando as pessoas perguntam pelo nosso rei, temos que dizer ah, é o nosso Deus, que está nos céus; estamos cansados de ter um rei invisível”.

Assim como o povo de Israel naquela época, muitos cristãos hoje em dia querem ser como o mundo, querem ser como os outros, querem ter as mesmas idéias, os mesmos costumes, o mesmo agir, o mesmo falar, daqueles que ainda não conheceram a Cristo Jesus.

Deus, mesmo sendo soberano e poderoso, atendeu o pedido daquele povo. Deus aceita nossas escolhas, mesmo sabendo que não são as mais acertadas. Deus respeita nosso livre-arbítrio, por isso que Ele não obriga ninguém a servi-lo.

Como estão sendo feitas as suas escolhas ? Você está tomando suas decisões firmado em quê ? Você tem orado e buscado a vontade de Deus antes de escolher sua profissão, sua moradia, seu casamento ?

Deus então mandou que o povo se reunisse, e ali foi apresentado o primeiro rei de Israel: Saul. Forte, bonito, alto que as pessoas davam no ombro dele. Quem o olhasse diria: “este é o cara, este nasceu para ser rei, este tem todo o jeito de um rei”. Assim é que nós escolhemos: firmados na aparência, olhando para o exterior. Quantos casamentos malfeitos porque se observou apenas a aparência; quantos obreiros que não foram separados para o ministério, e quantos obreiros que tinham que sair do ministério, porque se olhou apenas a casca. Quantas igrejas sem unção e sem doutrina, porque se olha apenas para o exterior.

No início, Saul foi humilde, aceitou a tarefa de liderar o povo, e Deus lhe concedeu grandes vitórias contra as tribos inimigas. Mas os anos se passaram, e Saul começa a se mostrar irritado, sensível, depressivo, com crises de loucura. O que parecia ouro não brilha mais. O que parecia ser a solução se torna um problema. E o povo agora fica numa situação difícil: queriam um rei, e foram atendidos, mas agora esse rei não serve mais. O que fazer ? A quem recorrer ?

Assim ficamos nós muitas vezes. Escolhemos olhando para o que está do lado de fora, e mais tarde nos arrependemos. O apóstolo Tiago escreveu sobre isso em sua carta: “pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para gastardes em vossos deleites e prazeres”. O Apóstolo Paulo ainda nos assegura que “não sabemos orar como convém”. Mesmo assim, muitos hoje em dia estão querendo tomar as rédeas da sua vida. Muitos cristãos querem tomar suas próprias decisões, sem dar a mínima para a vontade de Deus. Muitos só sabem orar “Senhor quero isso, Senhor quero aquilo”, mas não sabem orar “Senhor, o que TU queres para minha vida ?”.

Somente com a orientação de Deus, saberemos fazer as escolhas certas. Somente com Ele em nossas vidas é que não correremos o risco de cair naquele ditado: “cuidado com o que pede, pois pode ser atendido”.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Intimidade com Deus

Há no meio evangélico um movimento de pretensa “intimidade” que por vezes me deixa de cabelo em pé por sua irreverência, imaturidade e insensibilidade na adoração e comunhão. Comportamentos excêntricos, distorções de expressões e ensinos bíblicos que levam a práticas libertinas, músicas com conotações sexuais tratando Deus como esposo nosso e nós como sua noiva...

Mas o que há de mal nisso? Simples, por exemplo: Deus nos trata (indivíduos) como filhos, amigos e servos, jamais como cônjuge. Jesus não nos trata como suas “esposas”, “noivas”, “amantes”, e isso é de longe suficiente para entendermos a forma como Deus nos ama, pois Jesus é a perfeita expressão do Pai, e nele não encontramos ecos dessa erotização da adoração que vem sendo popularizada por certos cantores e compositores gospel.

Então, eu vejo essa “conjugização” de Deus por parte de indivíduos como ultrapassar o sinal amarelo, exibicionismo de “espiritualidade” e falta de reverência (para não falar que o objetivo de algumas dessas músicas é, simplesmente, que sejam tocadas em rádios seculares, porque por vezes você não distingue se o cantor fala de Deus ou de sua namorada). Pois Deus, na Bíblia, trata, figurativamente, como cônjuge:
a) o povo de Israel (uma coletividade);
b) Jerusalém e a Nova Jerusalém (uma cidade, uma coletividade);
c) e a igreja (uma comunidade).

Também merecem menção aqueles “íntimos” que dão ordens a Deus como se ele fosse seu cachorro: “Eu determino que você...”, “Eu decreto que...” ...E Deus é que tem que obedecer aos caprichos deles! Isso não é de modo algum intimidade, isso é irracionalidade e pecado.

E tem aqueles... que agem como se tivessem uma procuração em branco de Deus para entregar profetadas de sua própria vontade, conceder e pregar unções que não existem e negociar pedaços do céu; os que imitam animais como se Deus nos quisesse para bestas e não para seres humanos feitos à sua perfeita imagem; os birrentos e dengosos que veem Deus como o pai babaca que adora ver filhos chorões e imaturos fazendo birra nos corredores dos supermercados ao pedir algo...

Assim, o ideal é que a nossa forma de nos relacionarmos com o Senhor dos Exércitos e o Rei em nossa vida, no nosso culto diário e congregacional, tenham a reverência devida, a sabedoria e a inteligência de sabermos com quem estamos lidando e o que ele espera de nós; mas sem a perda do carinho e do amor pelo nosso Salvador, Amigo e Pai, em quem devemos nos espelhar.

Respeito para quem merece respeito não diminui nossa intimidade, é uma obrigação. E o amor a Deus e ao nosso próximo é sempre devido. Intimidades, porém, são coisas particulares, privadas, e é até bom que permaneçam assim.

(Postado por Avelar Jr. no Não, Obrigado!, e no Veshame Gospel)

sexta-feira, 30 de abril de 2010

BUSCAI-ME E VIVEREIS (PARA FECHAR O MÊS DE ABRIL)

BUSCAI-ME E VIVEREIS
(Manto Profético / Vinho Novo)

Cada vez mais violência, mais maldade na terra
parece que o amor morreu, e a loucura reina
sobre a humanidade.
Jovens acabados,filho abandonados
ao preço do prazer, e decidir apenas os interesses

Onde está a justiça e a vingança ?
Onde está o castigo e a razão?
Por que calas-te, Senhor, e nos esqueces ?
Como podes permitir tamanha dor?

Onde está aquele Deus, o Deus de Elias
que de vez enquanto se deixava ouvir?
quanto tempo falta para Seu Espírito vir?

Néscios como crianças, tolos cachorrinhos
Gostamos de brincar, e de perguntar
o que faz tempo já sabemos.

Deus segue falando, segue ainda respondendo
e aquele que quer ouvir, pode perceber
Sua voz de amor.

Como posso derramar, do meu Espírito
se meus filhos não se voltam para mim,
cinge-te agora como um varão valente,
Eu falarei e tu contestarás a mim

Onde estão aqueles homens como Elias?
que deixaram tudo para Me seguir,
que romperam compromissos com o mundo
só para agradar a mim ?
Onde estão aqueles três que em Babilônia
prefiraram ser queimados a ceder ?
Onde está aquele Daniel que me adorava?
Onde está a santidade de José?
Onde está o menino que matou um gigante?
Onde está o sucessor de Josué?
Onde estão as mulheres dedicadas
como Ester?

Jovens acabados, filho abandonados,
ao preço do prazer, e pagam inocentes
os horrores de outros

Se meu povo se voltasse e me buscasse
renovando assim sua entrega e sua fé,
se Me amassem como eles amam seus caminhos,
e esquecessem os rancores do passado
Eu abriria as janelas dos céus
e da terra, e hoje veria meu poder

Entretanto, repito como antes
buscai-me e vivereis

quinta-feira, 29 de abril de 2010

TROCA DE REVISTA DA ESCOLA DOMINICAL

Neste primeiro trimestre de 2.010, a CPAD (Casa Publicadora das Assembléias de Deus) lançou como tema de sua revista da escola dominical o estudo do livro do profeta Jeremias, com o tema “Esperança em tempos de crise”.

Particularmente, achei muito apropriada a escolha desse assunto. Nos dias em que vivemos, não apenas o mundo está em crise, mas também a própria Igreja de Cristo, que muitas vezes tem perdido parte de sua identidade e negligenciado suas raízes evangélicas.

Em nossa cidade (Macapá-AP), fazemos parte da equipe de um programa de rádio chamado “A Boa Semente”, que vai ao ar todos os sábados, das 9h à 10h30min, na Rádio Forte, frequência 99.9 FM. Nesse programa radiofônico, comentamos as lições de crianças, adolescentes, jovens e adutos, com destaque para esta última, e muitas vidas tem sido edificadas pelos comentários trazidos pela minha pessoa, além do Pr. Kleyzer Bruce, Missionária Adiracy e Professor Edred.

Mas foi com certa preocupação que tomei conhecimento que algumas igrejas da Região Norte abandonaram o estudo dessa lição, adotando outra revista de estudo bíblico, pois entenderam que os assuntos recentemente abordados (como na lição anterior, que tratava de 2ª Coríntios) seriam uma espécie de ataque disfarçado da liderança da CGADB (Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil) contra igrejas e ministérios não-alinhados com as diretrizes da mesma, e que não “rezam pela cartilha” do Pr. José Wellington, atual Presidente.

Na remotíssima hipótese de ser isso verdade, quem estaria a prestar contas a Deus seria a Presidência da CGADB, e não as igrejas e ministérios "rebeldes". Mas e se a "rebeldia" não for contra ordenanças humanas, e sim contra mandamentos bíblicos ?

Na minha humilde opinião, é muito perigoso quando buscamos pretextos e motivos para rejeitarmos a repreensão bíblica. O povo de Israel fez isso durante parte da sua história, rejeitando a mensagem dos profetas de Deus, como Jeremias e outros. Deus condenava a vida idólatra e pecadora daquela nação, e eles desculpavam-se dizendo que tudo que sofriam era por culpa dos pecados de seus pais, ou ainda que a mensagem do profeta era falsa, ou ainda que Deus cuidaria deles sempre porque o Templo de Salomão estava construído em suas terras. O resultado é bem conhecido: 70 ANOS DE CATIVEIRO EM BABILÔNIA.

Quando nossa conduta é confrontada com o padrão bíblico e achada em falta, temos duas saídas: confessarmos nossos pecados e abandonarmos nosso erro, ou então mudamos o oráculo que nos fala. O Apóstolo Paulo já nos advertia há quase 2000 anos atrás que muitos escolheriam a segunda opção: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências;” (2ª Tm 4.3).

É exatamente isso, no meu entender, que representa a mudança de revista da Escola Dominical, trocando-se a da CPAD por outra qualquer. É voltar as costas para o oráculo da Palavra de Deus, e procurar ouvir algo que nos agrade. É tapar os ouvidos para a mensagem e buscar a massagem do nosso ego. Quando não suportamos mais ouvir Deus falar, mesmo através de uma simples lição de escoal dominical, estamos quase no fundo do poço da nossa vida espiritual.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

PRECISAMOS...

Precisamos guardar a Palavra de Cristo e não negar o Seu Nome.

Precisamos entender que a obediência a Deus não significa uma vida perfeita e abençoada, sem problemas e dificuldades.

Precisamos entender que a fé em Cristo não nos coloca numa bolha protetora, onde nada de mal nos atingirá.

“Tudo posso naquele que me fortalece”. Muitos repetem esse versículo como uma frase mágica, um amuleto, mas deviam lembrar que em Cristo (que nos fortalece) podemos tudo, tudo mesmo.

Podemos até mesmo sofrer doenças, podemos até morrer de câncer, podemos até sofrer de depressão, podemos até passar tribulações nesta vida.

Podemos até partir desta vida de maneira terrível, como aconteceu com os pastores José Valadão de Souza e Nelson Palmeira dos Santos, da Assembléia de Deus, mortos num acidente ocorrido no dia 24/02/2010, na Rodovia do Contorno, trecho da BR 101 que liga Serra a Cariacica na região metropolitana de Vitória, no Espirito Santo.

Podemos tudo isso, sem que signifique que algo está errado em nossa comunhão com Deus.

A pergunta que não quer calar, encontramos no Evangelho de Lucas, 18.8: "Quando vier o Filho do Homem, porventura ainda achará fé na Terra ?"

A resposta cabe a cada um de nós.

terça-feira, 27 de abril de 2010

AS PALAVRAS TEM PODER !

A linguagem evangélica tem sofrido mudanças radicais. Isso é resultado da mudança de idéias e costumes dos cristãos.

Antes suplicávamos a Deus, agora exigimos, determinamos, decretamos e profetizamos.
Antes nos ajoelhávamos aos pés de Cristo, agora encostamos Deus na parede.
Antes louvávamos a Deus, agora cantamos pro diabo ouvir.
Antes íamos à Escola Dominical, agora vamos orar no monte.
Antes buscávamos a face de Deus, agora buscamos o reteté de Jeová.
Antes perdoávamos, de todo nosso coração; agora, liberamos perdão.
Antes cantávamos, agora ministramos louvor.
Já fomos protestantes, “bíblias”, “crentes”, agora somos gospel.
O viver para Cristo, o viver pela fé, o viver da Palavra, foi trocado pelo viver no sobrenatural de Deus.
Antes nos preparávamos na Terra para ir morar no céu, agora queremos trazer o céu para a terra.
Antes nós evangelizávamos nas praças e ruas, distribuindo de casa em casa humildes folhetos, às vezes mesmo em papel jornal, que falavam de Jesus e do seu Evangelho; agora, ficamos satisfeitos em ir nas praças e declarar que nossa cidade, nosso Estado, nosso País, são do Senhor Jesus, e amarrarmos as potestades da violência, do suicídio e dos problemas sociais, como se isso resolvesse tudo.

Muitos cristãos de hoje precisam se arrepender e voltar ao primeiro amor; muitos dos líderes de hoje precisam lembrar-se de onde caíram e tornar às primeiras obras; muitas igrejas de hoje em dia precisam voltar a viver na dependência de Deus, guardar o que ainda tem de vida com Deus até que Cristo volte.

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