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quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

A TRADIÇÃO EVANGÉLICA

Para se opôr ao Catolicismo e sua Tradição, os evangélicos e protestantes adotaram o lema formulado por Lutero  da SOLA SCRIPTURA ou seja, somente a Bíblia seria adotada como regra de fé e prática.

Porém, salta aos olhos a constatação de que praticamente todas as denominações evangélicas desde a Reforma Protestante, tem sim as suas tradições.

A escola dominical não está preceituada na Bíblia, muito menos os Círculos de Oração, EJC, ECC, EAC, Convenções de Igrejas e de Ministros (CGADB, CADB, etc), muito menos os usos e costumes, quanto mais os "marcos antigos".

Todas essas coisas, sem exceção, revelam-se como CONSTRUÇÕES SOCIAIS ECLESIOLÓGICAS, formuladas a partir de princípios e exemplos bíblicos, porém não mostrados na Bíblia em forma mandamental.

Isso não desmerece tais tradições, desde que obedecidos alguns pressupostos.

O primeiro é que toda tradição precisa ter amparo bíblico, assim entendido com princípio (ordem implícita) ou mandamento (ordem explícita) para realizar alguma dessas ações.

O segundo pressuposto é que deve sempre existir o cuidado para que a tradição não se torne um mandamento de homens, que tanto Jesus censurou. Ou seja, deve existir vigilância para que a experiência particular de alguma(s) pessoa(s) não sirva como regra para as outras. Por exemplo, imagine-se o absurdo de um cristão que, na sua juventude, tenha sofrido grave acidente quando jogava futebol amador, e que mais tarde, já como líder de uma igreja, determine que nenhum membro da mesma jogue futebol sob pena de exclusão.

Este pressuposto talvez seja o maior problema quando tratamos de tradição evangélica. O exemplo dos fariseus do tempo de Jesus é um alerta de que é gigantesca a tendência das pessoas em fabricar mandamentos e colocá-los como ordem divina (Mateus 15.9).

Outro pressuposto é que a tradição não deve servir para afastar cristãos entre si, dividindo-os em grupos, tribos, famílias, classes, castas, etc.

Não pode ainda a tradição levar as pessoas a confiarem mais num ritual ou objeto religioso mais do que em Cristo.

A tradição evangélica não pode, ainda, ser imposta às pessoas de outros grupos religiosos como se fosse um mandamento divino.

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