Isso é bom e agradável perante Deus, nosso Salvador, que deseja que
todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade. 1
Timóteo 2:3-4
Sobre essa passagem bíblica, pode-se construir um perigoso
sofisma:
Premissa 1 – Deus quer que todos se salvem
Conclusão: todas as pessoas vão se salvar no final, todos os
caminhos levam a Deus.
Então, comamos e bebamos, por que no fim vai dar tudo certo.
Afinal, Deus é brasileiro, não é mesmo ?
Esse tem sido o pensamento de muitas pessoas que caminham a passos
largos para a perdição eterna. Um pensamento errado, um sofisma,
uma falácia, sem dúvida alguma.
A salvação pode ser perdida. Se não pudesse, por que Deus nos
avisaria para vigiarmos (Marcos 13.37) e para guardarmos o que temos,
a fim de não perdermos nossa coroa ? (Ap 3.10)
Além disso, a narrativa bíblica nos fala do tormento eterno no
Lago de Fogo (Apocalipse 20.14-15) e da fumaça do tormento que sobre
para sempre (Apocalipse 14.11). Nada disso seria mencionado na Bíblia
se todos fossem salvos.
O que nos permite concluir que o desejo de Deus para que todos
sejam salvos não é ABSOLUTO, mas LIMITADO.
Deus limitado ? Como pode ser ? Quem o limitou ?
A resposta é : ELE PRÓPRIO.
O desejo de Deus é limitado pela Sua própria justiça.
Essa justiça se manifesta nas seguintes passagens bíblicas:
Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será
condenado. Marcos 16:16
Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está
condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.
João 3:18
O que nos permite concluir que o “desejo” de Deus se assemelha
à vontade que qualquer pai ou mãe tem de que seus filhos se tornem
cidadãos de bem ao crescer, o que não impede que esses filhos
apodreçam em penitenciárias por crimes bárbaros, cometidos à
revelia da instrução paterna.
Da mesma forma, a vontade (ou desejo) de Deus pela salvação
geral não impedirá que as pessoas sejam lançadas no inferno por
seus pecados, cometidos à revelia do Salvador.
É por esse motivo que o IDE de Cristo (Mateus 28) se mostra tão
urgente. Pois após esta vida, não há mais esperança de mudar
nosso destino eterno. Se houvesse, a pregação do Evangelho ficaria
em segundo lugar, e a prática das boas obras seria o carro-chefe da
doutrina cristã.
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