segunda-feira, 3 de maio de 2010

Intimidade com Deus

Há no meio evangélico um movimento de pretensa “intimidade” que por vezes me deixa de cabelo em pé por sua irreverência, imaturidade e insensibilidade na adoração e comunhão. Comportamentos excêntricos, distorções de expressões e ensinos bíblicos que levam a práticas libertinas, músicas com conotações sexuais tratando Deus como esposo nosso e nós como sua noiva...

Mas o que há de mal nisso? Simples, por exemplo: Deus nos trata (indivíduos) como filhos, amigos e servos, jamais como cônjuge. Jesus não nos trata como suas “esposas”, “noivas”, “amantes”, e isso é de longe suficiente para entendermos a forma como Deus nos ama, pois Jesus é a perfeita expressão do Pai, e nele não encontramos ecos dessa erotização da adoração que vem sendo popularizada por certos cantores e compositores gospel.

Então, eu vejo essa “conjugização” de Deus por parte de indivíduos como ultrapassar o sinal amarelo, exibicionismo de “espiritualidade” e falta de reverência (para não falar que o objetivo de algumas dessas músicas é, simplesmente, que sejam tocadas em rádios seculares, porque por vezes você não distingue se o cantor fala de Deus ou de sua namorada). Pois Deus, na Bíblia, trata, figurativamente, como cônjuge:
a) o povo de Israel (uma coletividade);
b) Jerusalém e a Nova Jerusalém (uma cidade, uma coletividade);
c) e a igreja (uma comunidade).

Também merecem menção aqueles “íntimos” que dão ordens a Deus como se ele fosse seu cachorro: “Eu determino que você...”, “Eu decreto que...” ...E Deus é que tem que obedecer aos caprichos deles! Isso não é de modo algum intimidade, isso é irracionalidade e pecado.

E tem aqueles... que agem como se tivessem uma procuração em branco de Deus para entregar profetadas de sua própria vontade, conceder e pregar unções que não existem e negociar pedaços do céu; os que imitam animais como se Deus nos quisesse para bestas e não para seres humanos feitos à sua perfeita imagem; os birrentos e dengosos que veem Deus como o pai babaca que adora ver filhos chorões e imaturos fazendo birra nos corredores dos supermercados ao pedir algo...

Assim, o ideal é que a nossa forma de nos relacionarmos com o Senhor dos Exércitos e o Rei em nossa vida, no nosso culto diário e congregacional, tenham a reverência devida, a sabedoria e a inteligência de sabermos com quem estamos lidando e o que ele espera de nós; mas sem a perda do carinho e do amor pelo nosso Salvador, Amigo e Pai, em quem devemos nos espelhar.

Respeito para quem merece respeito não diminui nossa intimidade, é uma obrigação. E o amor a Deus e ao nosso próximo é sempre devido. Intimidades, porém, são coisas particulares, privadas, e é até bom que permaneçam assim.

(Postado por Avelar Jr. no Não, Obrigado!, e no Veshame Gospel)

sexta-feira, 30 de abril de 2010

BUSCAI-ME E VIVEREIS (PARA FECHAR O MÊS DE ABRIL)

BUSCAI-ME E VIVEREIS
(Manto Profético / Vinho Novo)

Cada vez mais violência, mais maldade na terra
parece que o amor morreu, e a loucura reina
sobre a humanidade.
Jovens acabados,filho abandonados
ao preço do prazer, e decidir apenas os interesses

Onde está a justiça e a vingança ?
Onde está o castigo e a razão?
Por que calas-te, Senhor, e nos esqueces ?
Como podes permitir tamanha dor?

Onde está aquele Deus, o Deus de Elias
que de vez enquanto se deixava ouvir?
quanto tempo falta para Seu Espírito vir?

Néscios como crianças, tolos cachorrinhos
Gostamos de brincar, e de perguntar
o que faz tempo já sabemos.

Deus segue falando, segue ainda respondendo
e aquele que quer ouvir, pode perceber
Sua voz de amor.

Como posso derramar, do meu Espírito
se meus filhos não se voltam para mim,
cinge-te agora como um varão valente,
Eu falarei e tu contestarás a mim

Onde estão aqueles homens como Elias?
que deixaram tudo para Me seguir,
que romperam compromissos com o mundo
só para agradar a mim ?
Onde estão aqueles três que em Babilônia
prefiraram ser queimados a ceder ?
Onde está aquele Daniel que me adorava?
Onde está a santidade de José?
Onde está o menino que matou um gigante?
Onde está o sucessor de Josué?
Onde estão as mulheres dedicadas
como Ester?

Jovens acabados, filho abandonados,
ao preço do prazer, e pagam inocentes
os horrores de outros

Se meu povo se voltasse e me buscasse
renovando assim sua entrega e sua fé,
se Me amassem como eles amam seus caminhos,
e esquecessem os rancores do passado
Eu abriria as janelas dos céus
e da terra, e hoje veria meu poder

Entretanto, repito como antes
buscai-me e vivereis

quinta-feira, 29 de abril de 2010

TROCA DE REVISTA DA ESCOLA DOMINICAL

Neste primeiro trimestre de 2.010, a CPAD (Casa Publicadora das Assembléias de Deus) lançou como tema de sua revista da escola dominical o estudo do livro do profeta Jeremias, com o tema “Esperança em tempos de crise”.

Particularmente, achei muito apropriada a escolha desse assunto. Nos dias em que vivemos, não apenas o mundo está em crise, mas também a própria Igreja de Cristo, que muitas vezes tem perdido parte de sua identidade e negligenciado suas raízes evangélicas.

Em nossa cidade (Macapá-AP), fazemos parte da equipe de um programa de rádio chamado “A Boa Semente”, que vai ao ar todos os sábados, das 9h à 10h30min, na Rádio Forte, frequência 99.9 FM. Nesse programa radiofônico, comentamos as lições de crianças, adolescentes, jovens e adutos, com destaque para esta última, e muitas vidas tem sido edificadas pelos comentários trazidos pela minha pessoa, além do Pr. Kleyzer Bruce, Missionária Adiracy e Professor Edred.

Mas foi com certa preocupação que tomei conhecimento que algumas igrejas da Região Norte abandonaram o estudo dessa lição, adotando outra revista de estudo bíblico, pois entenderam que os assuntos recentemente abordados (como na lição anterior, que tratava de 2ª Coríntios) seriam uma espécie de ataque disfarçado da liderança da CGADB (Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil) contra igrejas e ministérios não-alinhados com as diretrizes da mesma, e que não “rezam pela cartilha” do Pr. José Wellington, atual Presidente.

Na remotíssima hipótese de ser isso verdade, quem estaria a prestar contas a Deus seria a Presidência da CGADB, e não as igrejas e ministérios "rebeldes". Mas e se a "rebeldia" não for contra ordenanças humanas, e sim contra mandamentos bíblicos ?

Na minha humilde opinião, é muito perigoso quando buscamos pretextos e motivos para rejeitarmos a repreensão bíblica. O povo de Israel fez isso durante parte da sua história, rejeitando a mensagem dos profetas de Deus, como Jeremias e outros. Deus condenava a vida idólatra e pecadora daquela nação, e eles desculpavam-se dizendo que tudo que sofriam era por culpa dos pecados de seus pais, ou ainda que a mensagem do profeta era falsa, ou ainda que Deus cuidaria deles sempre porque o Templo de Salomão estava construído em suas terras. O resultado é bem conhecido: 70 ANOS DE CATIVEIRO EM BABILÔNIA.

Quando nossa conduta é confrontada com o padrão bíblico e achada em falta, temos duas saídas: confessarmos nossos pecados e abandonarmos nosso erro, ou então mudamos o oráculo que nos fala. O Apóstolo Paulo já nos advertia há quase 2000 anos atrás que muitos escolheriam a segunda opção: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências;” (2ª Tm 4.3).

É exatamente isso, no meu entender, que representa a mudança de revista da Escola Dominical, trocando-se a da CPAD por outra qualquer. É voltar as costas para o oráculo da Palavra de Deus, e procurar ouvir algo que nos agrade. É tapar os ouvidos para a mensagem e buscar a massagem do nosso ego. Quando não suportamos mais ouvir Deus falar, mesmo através de uma simples lição de escoal dominical, estamos quase no fundo do poço da nossa vida espiritual.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

PRECISAMOS...

Precisamos guardar a Palavra de Cristo e não negar o Seu Nome.

Precisamos entender que a obediência a Deus não significa uma vida perfeita e abençoada, sem problemas e dificuldades.

Precisamos entender que a fé em Cristo não nos coloca numa bolha protetora, onde nada de mal nos atingirá.

“Tudo posso naquele que me fortalece”. Muitos repetem esse versículo como uma frase mágica, um amuleto, mas deviam lembrar que em Cristo (que nos fortalece) podemos tudo, tudo mesmo.

Podemos até mesmo sofrer doenças, podemos até morrer de câncer, podemos até sofrer de depressão, podemos até passar tribulações nesta vida.

Podemos até partir desta vida de maneira terrível, como aconteceu com os pastores José Valadão de Souza e Nelson Palmeira dos Santos, da Assembléia de Deus, mortos num acidente ocorrido no dia 24/02/2010, na Rodovia do Contorno, trecho da BR 101 que liga Serra a Cariacica na região metropolitana de Vitória, no Espirito Santo.

Podemos tudo isso, sem que signifique que algo está errado em nossa comunhão com Deus.

A pergunta que não quer calar, encontramos no Evangelho de Lucas, 18.8: "Quando vier o Filho do Homem, porventura ainda achará fé na Terra ?"

A resposta cabe a cada um de nós.

terça-feira, 27 de abril de 2010

AS PALAVRAS TEM PODER !

A linguagem evangélica tem sofrido mudanças radicais. Isso é resultado da mudança de idéias e costumes dos cristãos.

Antes suplicávamos a Deus, agora exigimos, determinamos, decretamos e profetizamos.
Antes nos ajoelhávamos aos pés de Cristo, agora encostamos Deus na parede.
Antes louvávamos a Deus, agora cantamos pro diabo ouvir.
Antes íamos à Escola Dominical, agora vamos orar no monte.
Antes buscávamos a face de Deus, agora buscamos o reteté de Jeová.
Antes perdoávamos, de todo nosso coração; agora, liberamos perdão.
Antes cantávamos, agora ministramos louvor.
Já fomos protestantes, “bíblias”, “crentes”, agora somos gospel.
O viver para Cristo, o viver pela fé, o viver da Palavra, foi trocado pelo viver no sobrenatural de Deus.
Antes nos preparávamos na Terra para ir morar no céu, agora queremos trazer o céu para a terra.
Antes nós evangelizávamos nas praças e ruas, distribuindo de casa em casa humildes folhetos, às vezes mesmo em papel jornal, que falavam de Jesus e do seu Evangelho; agora, ficamos satisfeitos em ir nas praças e declarar que nossa cidade, nosso Estado, nosso País, são do Senhor Jesus, e amarrarmos as potestades da violência, do suicídio e dos problemas sociais, como se isso resolvesse tudo.

Muitos cristãos de hoje precisam se arrepender e voltar ao primeiro amor; muitos dos líderes de hoje precisam lembrar-se de onde caíram e tornar às primeiras obras; muitas igrejas de hoje em dia precisam voltar a viver na dependência de Deus, guardar o que ainda tem de vida com Deus até que Cristo volte.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

(IN)GRATIDÃO GOSPEL

Muitas das novas igrejas, denominações e comunidades que conhecemos hoje em dia tiveram seus líderes nascidos e criados em igrejas evangélicas tradicionais e pentecostais, como a Batista, a Quadrangular, a Metodista, a Assembléia de Deus, entre outras. Então, por quê algumas dessas pessoas atualmente adotaram uma postura de rejeição de suas raízes evangélicas, esquecendo-se que foi na Igreja Batista que tiveram um encontro com Cristo, que foi na Quadrangular que foram libertos dos vícios, que foi na Assembléia de Deus onde receberam o revestimento do Espírito Santo ? Tais pessoas acabam indiretamente negando a fé em Cristo, passando a crer mais na placa da igreja onde congregam, tendo mais fé no templo de Deus do que no Deus do templo.

Alguns dos novos crentes de hoje demonstram até mesmo uma certa ingratidão com suas raízes evangélicas. Não se lembram que foi a primeira geração de evangélicos que desbravou florestas para falar de Jesus aos caboclos e ribeirinhos, enfrentando fome e frio, sofrendo e morrendo de malária e outras doenças tropicais, remando horas e horas para ganhar uma alma para Cristo, dirigindo cultos à luz de velas e lampiões em lugares onde nem a Coca-Cola nem os Correios haviam chegado, muitas vezes se alimentando apenas das frutas que caíam das árvores. Tudo isso com um único objetivo: cumprir o IDE de Jesus.

E foi essa primeira geração, que alguns acham “careta, quadrada, igrejeira, sem visão de Reino”, foi essa geração que deixou alguns “presentes” para os que estão chegando agora: templos bem construídos, rol de dizimistas bem consolidado, obras e trabalhos sociais estabelecidos, livros e canções inspirados que falam ao coração e trazem a presença de Deus, e (por que não dizer ?) uma sociedade mais aberta ao Evangelho.
Aliás, visão do Reino pode ser até maior que uma igreja, comunidade, ministério ou denominação, mas não é maior que a Igreja.

Essa primeira geração de evangélicos fez tudo isso sem precisar se envolver na política e nas politicagens, sem usar ritmos mundanos para “sacudir o esqueleto das ovelhas” e “entreter os bodes”, sem precisar de uniformes brilhantes e danças bem coreografadas, sem que fosse necessário “exorcizar” o dinheiro para fora dos bolsos dos fiéis.

Por que estamos sendo ingratos a eles ? Por que estamos desprezando sua herança ? Por que, com a desculpa de “quebrar paradigmas” e “quebrar regras”, estamos removendo os marcos antigos que nossos pais deixaram, liberando o proibido e proibindo o que deveria continuar liberado ? O que está acontecendo com a atual geração de evangélicos ? Por que estão querendo reinventar a roda e descobrir de novo o fogo ? Será que tudo que existia antes, estava errado e não prestava ? Deus podia até não fazer as pessoas caírem no poder, não dar dentes de ouro para os crentes, podia até não derramar a “unção de ousadia e de conquista”, mas em compensação salvava, curava e batizava com fogo do céu, e além disso transformava bandidos, prostitutas, marginais, viciados e párias de todo tipo em pessoas de bem, mães e pais de família, honestos patrões e empregados.

Pretendendo ter uma “visão além do alcance”, muitos estão ficando cegos espiritualmente. Pretendendo viver por fé, muitos estão andando por vista. Pretendendo ser “impactados”, muitos cristãos acabam ficando afastados de Deus.

Tenhamos cuidado, há muitos séculos atrás um querubim ungido, um anjo de uma alta classe espiritual, também quis “romper seus limites naturais” e “subir a níveis mais altos”, mais exatamente, ele queria subir ao trono de Deus. Seu nome era Lúcifer. O resto da história nós conhecemos.

Que Deus nos ajude e tenha misericórdia de nós.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Restauração da Igreja - parte 2

Fala-se muito hoje em dia na "restauração dos 5 ministérios", como se durante muitos séculos Deus tivesse deixado de levantar pastores, profetas, apóstolos, doutores e mestres na Palavra. Será que a Igreja estava tão ruim antes, e somente agora, com as novas revelações, a nova unção, as novidades gospel, só agora Deus está agindo no meio do seu povo ? Isso combina com o Deus da Bíblia ?

É verdade que nem sempre houve pessoas nas igrejas com o título de apóstolos, mas sempre houve pessoas com ministério apostólico; basta lembrar do Pr. Otoniel Alencar, chamado de "Apóstolo da Amazônia" por seu trabalho de evangelização e desbravamento na Região Norte, especialmente em nosso Estado do Amapá.

Nem sempre houve pessoas com título de Mestre ou Doutor nas igrejas, mas sempre houve pessoas com o ministério do ensino, com o dom de ler, sistematizar, interpretar e ensinar as Sagradas Escrituras ao povo. Também não faltaram pastores e pessoas com o dom pastoral, de apascentar o povo; Por fim, também não deixaram de existir profetas e pessoas com o ministério profético (embora hoje em dia existam mais profetizadores do que profetas...).
Deus nunca deixou de se manifestar entre o seu povo, apesar de todo o pecado e perseguição que acompanharam a igreja de Cristo.

Então, qual é essa restauração de ministérios, que tanto se busca e de que tanto se fala?

É bem possível que tudo isto seja apenas o que o Apóstolo Paulo já tinha nos avisado em sua 1ª Carta a Timóteo, 4.1,2: “Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência”.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Restauração da Igreja - parte 1

Ide, fazei discípulo de todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a guardar todas as coisas que vos tenho ensinado. (Mt 28. 19-20)
Quando Jesus Cristo passou por esta terra, deixou aos seus seguidores uma tarefa. Não foi entreter as pessoas. Não foi divertir as pessoas, não foi agradar a sociedade; não foi bajular os poderosos.
O verdadeiro trabalho da Igreja de Cristo neste mundo é anunciar o Evangelho e proclamar as boas-novas de salvação para a Humanidade, através da fé em Cristo Jesus. Essa é a prioridade da igreja. Se em cada templo evangélico existisse uma lista de tarefas, pregar o Evangelho seria a primeira delas.
Mas é isso que os cristãos de hoje estão fazendo ? Nem sempre. Na verdade, alguns deles estão fazendo exatamente o contrário do que a Bíblia recomenda. Uma crise de identidade parece ter começado em muitas igrejas, comunidades, ministérios e denominações. Muitos estão se esquecendo quem são, estão se esquecendo de quem Deus é.
Hoje se fala muito no meio evangélico em "restauração" da igreja. Até parece que a Igreja de Cristo viveu por muitos séculos derrotada e sem forças para resistir ao mal, e somente agora nestes últimos tempos a nova geração descobriu como fazer as comportas dos céus se abrirem e as bençãos e o poder serem derramados sobre os cristãos. Mas se isso fosse mesmo verdade, como ficariam as palavras de Jesus, quando disse: "Edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" ?
É interessante que essa idéia da igreja derrotada aparece também em algumas seitas religiosas, que ensinam ter existido uma época em que Deus lhes revelou que todas as correntes evangélicas e igrejas estavam erradas, e Deus levantou um líder para reerguer a igreja verdadeira.
A igreja de Cristo não precisa ser restaurada, precisa apenas voltar ao primeiro amor, volver às primeiras obras, e aguardar a volta triunfal de Cristo.

quarta-feira, 24 de março de 2010

EVANGELHO DO MERECIMENTO versus EVANGELHO DA NECESSIDADE


Em Lucas 7. 1-10, encontramos um episódio muito interessante na vida de Jesus: a cura do empregado de um centurião romano (comandante de uma centúria, ou seja, 100 soldados).
Nos chama a atenção, em primeiro lugar, as palavras dos anciãos dos judeus que moravam naquela região, ou seja, pessoas importantes, líderes daquela comunidade judaica. Foram eles que levaram a Jesus o pedido do oficial romano, e até mesmo procuraram “dar uma forcinha”, dizendo que o oficial merecia ser atendido (“é digno que lhe concedas isto”), pois amava a nação judaica (algo espantoso para um romano) e tinha construído com seus próprios recursos uma sinagoga, ou seja, uma espécie de igreja para os judeus daquela cidade.
Nos dias de hoje, uma autoridade não-evangélica que simpatizasse com os crentes e construísse uma igreja para eles seria também muito considerada...
As palavras dos judeus nos chamam a atenção porque expressam bem uma idéia comum naquela época: quando somos merecedores, Deus nos abençoa. Essa idéia, além de fazer parte da cultura judaica, também está muito presente no meio cristão: se formos dizimistas fiéis, ofertantes mão-aberta, obedientes aos mandamentos, então Deus nos abençoará.
Esse é o evangelho do merecimento, que aparece novamente na história do fariseu e do publicano. O fariseu não orava, mas apresentava a Deus seu currículo: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo. Mas ele não saiu justificado para sua casa.
Agora, a lição do oficial romano é diferente: ele diz a Cristo que não é digno (ou seja, não merece) que Jesus vá até sua casa curar seu empregado, mas bastava dizer uma palavra, e seu empregado ficaria bom. E acrescentou “Porque também eu sou homem sujeito à autoridade, e tenho soldados sob o meu poder, e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu servo: Faze isto, e ele o faz”, com isso, queria deixar claro que, se ele, um simples homem, tinha autoridade para ordenar e ser atendido pelos seus soldados, muito mais o Senhor Jesus.
Este é o evangelho da necessidade, em que se reconhece que não somos merecedores de nada, pois até a própria salvação nos foi dada de graça, pela misericória de Deus. Neste evangelho, as bençãos vem à nossa vida não porque mereçamos, mas porque precisamos. Neste evangelho, reconhecemos que Deus está em cima e nós embaixo, que Deus é Senhor e nós somos servos.
Voltando à história do fariseu e do publicano, a atitude deste era radicalmente oposta à do primeiro: nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: O Deus, tem misericórdia de mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele.
Qual está sendo nossa atitude hoje em dia ? Fariseus ou publicanos ? Oficial romano ou anciãos dos judeus ? Merecedores ou necessitados ?
O resultado ?
“Porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado” (Lucas 18.14).

quarta-feira, 10 de março de 2010

Guia profético 2010 - parte 1

Visitando o site do Ministério Terra Santa (http://mts.org.br ), encontrei o interessante GUIA PROFETICO 2010. Em seu terceiro tópico, dizia:“O ano de  2010 será o estabelecimento de uma Nova Geração:Esta nova Geração está pronta  para substituir uma liderança ultrapassada, sem visão e permissiva. Serão levantados os políticos jovens de grande visão nacional – social e os novos e conquistadores ministros do Evangelho. Eles trarão uma grande transformação as nossas nações.”.
Não é de hoje que se fala de uma “nova geração” de evangélicos como se fosse uma espécie de “salvação da lavoura”. Pode dar a impressão de que tudo que tivesse sido feito pelas antigas gerações não fosse aproveitável, esquecendo-se que foi essa primeira geração que desbravou florestas e igarapés, pregando o evangelho a ribeirinhos e agricultores, enfrentando (como aqui na minha Região Norte) ataques de malárias, cobras, onças, além de horas remando em rios e atravessando matas, não para profetizar ou buscar dízimos e ofertas, porém movidos pelo “ide” de Jesus.
É preciso muito cuidado para não supervalorizar o novo, até porque este tem suas virtudes, assim como o antigo; porém, se mal encaminhado, pode trazer grandes problemas. Afinal, não podemos nos esquecer que no livro de Juízes, menciona que após a morte do líder Josué e de sua geração, surgiu “uma nova geração que não conhecia o Senhor, nem a obra que havia feito sobre Israel”. Essa “nova geração” viveu numa gangorra, às vezes embaixo (oprimida pelos filisteus, amorreus e outros “eus”) e às vezes por cima (quando se arrependia e clamava ao Deus da antiga geração).
Vigiemos e oremos.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Comércio da fé

I
Tem camisa com nome bem escrito
Tem bonezinho pintado e estiloso
Tem disco com cantor ruim, fanhoso
E trancelim com pingente esquisito
Vendem pulseira com o nome Cristo
Também o bom óleo da unção
E os lobos enricando de montão
Té parece que fazem por pirraça
No comércio da fé Jesus não passa
De um produto vendido à prestação

II
O "pastor" faz ginástica e aliena
"Foi Jesus quem mandou tem que pagar
E tá no Inferno aquele que negar
E pague logo porque vale a pena"
Muito triste contemplar a cena
Desses lobos roubando a multidão
Pastoreiam bolso de irmão
Falso profeta em meio da massa
No comércio da fé Jesus não passa
De um produto vendido à prestação

III
Retratinho, santo, escapulário
Livro, reza, receita de oração
Tem de tudo na feira da ilusão
Depenam e lhe levam o salário
Tem a fala mansinha do vigário
Do “pastor” vigarista, espertalhão
Que formou-se no curso de ladrão
Tenho um nojo danado dessa raça
No comércio da fé Jesus não passa
De um produto vendido à prestação

IV
Tem o padre da coreografia
Se rebola para atrair fiéis
Vende broches, pulseiras, e anéis
Caso pudesse vendia a sacristia
Inda chama-se filho de Maria
É mentira não creio nisso não
Maria não foi mãe de ladrão
Ela foi uma mulher Cheia de graça
No comércio da fé Jesus não passa
De um produto vendido à prestação

V
Caso Cristo resolvesse aqui andar
Ensinando, pregando, dando exemplo
Expulsava esses vendilhões do templo
Com chicote no lombo até ralar
E dava um banho de sal pra ajeitar
Esse bando de enganador ladrão
Sou pastor e me sinto na razão
Comem dinheiro parecem uma traça
No comércio da fé Jesus não passa
De um produto vendido à prestação

Fonte: http://veshamegospel.blogspot.com/search/label/Comercio%20da%20F%C3%A9

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

SILAS MALAFAIA NO PROGRAMA DO RATINHO

Hoje assisti pela primeira vez no ano ao Programa do Ratinho, no SBT. Na telinha, um debate superquente: a PL 122/2004, o projeto de lei que (infelizmente) já foi aprovado na Câmara dos Deputados e agora segue para o Senado. Se aprovado, irá criminalizar como “discriminação” a simples manifestação de opinião das igrejas evangélicas em desfavor do movimento GLBT (gays, lésbicas, bissexuais e transexuais).
O Pr. Silas Malafaia debateu com a Deputada idelizadora do projeto de lei, e conseguiu colocar com muita propriedade argumentos filosóficos, religiosos, jurídicos e sociais que desaprovam essa verdadeira aberração que (mais uma vez) nossos ilustres parlamentares aprovaram.
Oremos e lutemos para que não seja aprovada essa afronta à ordem jurídica, à democracia, e á Palavra de Deus.
Em outras oportunidades retomaremos o assunto.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

2010

No ano de 1982, o escritor de ficção científica Arthur C. Clarke (falecido há dois anos), publicava o livro “2010: o ano em que faremos contato” (eu sei, eu li 4 vezes !). Em resumo, tratava da descoberta pela Humanidade de uma inteligência alienígena, a qual ajudava a evitar uma guerra nuclear (na época, esse era o grande medo coletivo das pessoas, em plena Guerra Fria, repleta de hostilidades entre as superpotências Estados Unidos e União Soviética).
Os anos passaram e chegamos a um 2010 bem diferente do que Arthru Clerke imaginava. A União Soviética não existe mais (apesar da Rússia manter seu estoque de ogivas nucleares como uma respeitável ameaça), os Estados Unidos tem problemas mais sérios a resolver do que construir naves espaciais tripuladas (como por exemplo, resolver o problema de seu sistema de saúde pública e decidir como tirar o pé do atoleiro do Iraque e Afeganistão sem perder muito a dignidade de superpotência). Quanto à inteligência alienígena, continua sendo uma espécie de religião para muita gente. Ao mesmo tempo que muitos não acreditam em Deus e desprezam a Bíblia, há outros que acreditam piamente que no Juízo Final (em 2012 !), discos voadores os salvarão da catástrofe.
O que não mudou mesmo foi a Humanidade: corrompida, distante de Deus, em guerra contra o próximo e contra si mesma. E a cada dia só piora mais. Verdadeiramente, a Bíblia tem razão quando nos assevere: “não há um justo, nem um sequer” (Rm 3.10).
Vemos também que realmente “Deus confunde os sábios na sua própria sabedoria” (1º Co 3.19). Apesar de grande visionário, Arthur Clarke não poderia imaginar que chegaríamos a 2010 em uma situação muito distante do que se imaginava: não colonizamos a Lua, não temos carros voadores, nossas estações orbitais são primitivas, não eliminamos a fome, a guerra e outros males da Humanidade.
Do Homem são as intenções do coração, mas de Deus a resposta d boca. Finalizo lembrando as palavras atualíssimas do apóstolo Tiago: Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece. Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo. Mas agora vos gloriais em vossas presunções; toda a glória tal como esta é maligna. (Tg 4.14-16)

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A reunião de Satanás

A Reunião de Satanás
(É sempre bom refletirmos como estamos conduzindo nossas vidas!)


Satanás convocou uma Convenção Mundial de demônios.
Em seu discurso de abertura, ele disse:
"Não podemos impedir os cristãos de irem à igreja"
"Não podemos impedi-los de ler as suas Bíblias e conhecerem a verdade"
"Nem mesmo podemos impedi-los de formar um relacionamento íntimo com o seu Salvador?.

E, uma vez que eles ganham essa conexão com Jesus, o nosso poder sobre eles está quebrado.

"Então vamos deixá-los ir para suas igrejas, vamos deixá-los com os almoços e jantares que nelas organizam, MAS, vamos roubar-lhes o TEMPO que têm, de maneira que não sobre tempo algum para desenvolver um relacionamento com Jesus Cristo". "O que quero que vocês façam é o seguinte", disse o diabo:
"Distraia-os a ponto de que não consigam aproximar-se do seu Salvador"
Como vamos fazer isto? Gritaram os seus demônios.

Respondeu-lhes:
"Mantenham-nos ocupados nas coisas não essenciais da vida, e inventem inumeráveis assuntos e situações que ocupem as suas mentes"
"Tentem-nos a gastarem, gastarem, gastarem, e tomar emprestado, tomar emprestado"

"Persuadam as suas esposas a irem trabalhar durante longas horas, e os maridos a trabalharem de 6 à 7 dias por semana, durante 10 à 12 horas por dia, a fim de que eles tenham capacidade financeira para manter os seus estilos de vida fúteis e vazios."
"Criem situações que os impeçam de passar algum tempo com os filhos"

"À medida que suas famílias forem se fragmentando, muito em breve seus lares já não mais oferecerão um lugar de paz para se refugiarem das pressões do trabalho".
"Estimulem suas mentes com tanta intensidade, que eles não possam mais escutar aquela voz suave e tranqüila que orienta seus espíritos".
"Encham as mesinhas de centro de todos os lugares com revistas e jornais".

"Bombardeiem as suas mentes com noticias, 24 horas por dia".
"Invadam os momentos em que estão dirigindo, fazendo-os prestar atenção a cartazes chamativos".
"Inundem as caixas de correio deles com papéis totalmente inúteis, catálogos de lojas que oferecem vendas pelo correio, loterias, bolos de apostas, ofertas de produtos gratuitos, serviços, e falsas esperanças".

"Mantenham lindas e delgadas modelos nas revistas e na TV, para que seus maridos acreditem que a beleza externa é o que é importante, e eles se tornarão mal satisfeitos com suas próprias esposas".
"Mantenham as esposas demasiadamente cansadas para amarem seus maridos à noite, e dê-lhes dor de cabeça também. Se elas não dão a seus maridos o amor que eles necessitam, eles então começam a procurá-lo em outro lugar e isto, sem dúvida, fragmentará as suas famílias rapidamente."

"Dê-lhes Papai Noel, para que esqueçam da necessidade de ensinarem aos seus filhos, o significado real do Natal."
"Dê-lhes o Coelho da Páscoa, para que eles não falem sobre a ressurreição de Jesus, e o Seu poder sobre o pecado e a morte."
"Até mesmo quando estiverem se divertindo, se distraindo, que seja tudo feito com excessos, para que ao voltarem dali estejam exaustos!".

"Mantenha-os de tal modo ocupados que nem pensem em andar ou ficar na natureza, para refletirem na criação de Deus. Ao invés disso, mande-os para Parques de Diversão, acontecimentos esportivos, peças de teatro, concertos e ao cinema. Mantenha-os ocupados, ocupados."
"E, quando se reunirem para um encontro, ou uma reunião espiritual, envolva-os em mexericos e conversas sem importância, para que, ao saírem, o façam com as consciências pesadas".

"Encham as vidas de todos eles

com tantas causas nobres e

importantes a serem defendidas

que não tenham nenhum tempo para buscarem o poder de Jesus".

Muito em breve, eles estarão buscando em suas próprias forças, as soluções para seus problemas e causas que defendem, sacrificando sua saúde e suas famílias pelo bem da causa."

"Isto vai funcionar!! Vai funcionar !!"

Os demônios ansiosamente partiram para cumprirem as determinações do chefe, fazendo com que os cristãos, em todo o mundo, ficassem mais ocupados, e mais apressados, indo daqui para ali e vice-versa, tendo pouco tempo para Deus e para

suas famílias.

Não tendo nenhum tempo para contar
à outros sobre o poder de Jesus para transformar vidas.

Creio que a pergunta é:

Teve o diabo sucesso nas suas maquinações?

Por favor, passe isto adiante, se você não estiver muito OCUPADO!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Aniversário de Macapá

Hoje minha querida cidade de Macapá, no jovem Estado do Amapá, completa 252 anos. única capital brasileira cortada pela Linha do Equador, fincada em um Estado que preserva a maior parte de sua vegetação nativa, banhada pelo maior curso dágua do mundo, o Rio Amazonas. Apesar de ainda ter muitos problemas, como qualquer outra, tem um enorme potencial de soluções, pois seu povo é forte e trabalhador. Além disso, aqui existe uma parcela do corpo de Cristo que, repartido em diversos ministérios, congregações e denominações, louva e engrandece o nome do Deus Altíssimo, e trabalha em prol do Reino dos Céus.
Orai por Macapá, amados irmãos.

Pesquisar este blog