quinta-feira, 22 de abril de 2010

Restauração da Igreja - parte 1

Ide, fazei discípulo de todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a guardar todas as coisas que vos tenho ensinado. (Mt 28. 19-20)
Quando Jesus Cristo passou por esta terra, deixou aos seus seguidores uma tarefa. Não foi entreter as pessoas. Não foi divertir as pessoas, não foi agradar a sociedade; não foi bajular os poderosos.
O verdadeiro trabalho da Igreja de Cristo neste mundo é anunciar o Evangelho e proclamar as boas-novas de salvação para a Humanidade, através da fé em Cristo Jesus. Essa é a prioridade da igreja. Se em cada templo evangélico existisse uma lista de tarefas, pregar o Evangelho seria a primeira delas.
Mas é isso que os cristãos de hoje estão fazendo ? Nem sempre. Na verdade, alguns deles estão fazendo exatamente o contrário do que a Bíblia recomenda. Uma crise de identidade parece ter começado em muitas igrejas, comunidades, ministérios e denominações. Muitos estão se esquecendo quem são, estão se esquecendo de quem Deus é.
Hoje se fala muito no meio evangélico em "restauração" da igreja. Até parece que a Igreja de Cristo viveu por muitos séculos derrotada e sem forças para resistir ao mal, e somente agora nestes últimos tempos a nova geração descobriu como fazer as comportas dos céus se abrirem e as bençãos e o poder serem derramados sobre os cristãos. Mas se isso fosse mesmo verdade, como ficariam as palavras de Jesus, quando disse: "Edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" ?
É interessante que essa idéia da igreja derrotada aparece também em algumas seitas religiosas, que ensinam ter existido uma época em que Deus lhes revelou que todas as correntes evangélicas e igrejas estavam erradas, e Deus levantou um líder para reerguer a igreja verdadeira.
A igreja de Cristo não precisa ser restaurada, precisa apenas voltar ao primeiro amor, volver às primeiras obras, e aguardar a volta triunfal de Cristo.

quarta-feira, 24 de março de 2010

EVANGELHO DO MERECIMENTO versus EVANGELHO DA NECESSIDADE


Em Lucas 7. 1-10, encontramos um episódio muito interessante na vida de Jesus: a cura do empregado de um centurião romano (comandante de uma centúria, ou seja, 100 soldados).
Nos chama a atenção, em primeiro lugar, as palavras dos anciãos dos judeus que moravam naquela região, ou seja, pessoas importantes, líderes daquela comunidade judaica. Foram eles que levaram a Jesus o pedido do oficial romano, e até mesmo procuraram “dar uma forcinha”, dizendo que o oficial merecia ser atendido (“é digno que lhe concedas isto”), pois amava a nação judaica (algo espantoso para um romano) e tinha construído com seus próprios recursos uma sinagoga, ou seja, uma espécie de igreja para os judeus daquela cidade.
Nos dias de hoje, uma autoridade não-evangélica que simpatizasse com os crentes e construísse uma igreja para eles seria também muito considerada...
As palavras dos judeus nos chamam a atenção porque expressam bem uma idéia comum naquela época: quando somos merecedores, Deus nos abençoa. Essa idéia, além de fazer parte da cultura judaica, também está muito presente no meio cristão: se formos dizimistas fiéis, ofertantes mão-aberta, obedientes aos mandamentos, então Deus nos abençoará.
Esse é o evangelho do merecimento, que aparece novamente na história do fariseu e do publicano. O fariseu não orava, mas apresentava a Deus seu currículo: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo. Mas ele não saiu justificado para sua casa.
Agora, a lição do oficial romano é diferente: ele diz a Cristo que não é digno (ou seja, não merece) que Jesus vá até sua casa curar seu empregado, mas bastava dizer uma palavra, e seu empregado ficaria bom. E acrescentou “Porque também eu sou homem sujeito à autoridade, e tenho soldados sob o meu poder, e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu servo: Faze isto, e ele o faz”, com isso, queria deixar claro que, se ele, um simples homem, tinha autoridade para ordenar e ser atendido pelos seus soldados, muito mais o Senhor Jesus.
Este é o evangelho da necessidade, em que se reconhece que não somos merecedores de nada, pois até a própria salvação nos foi dada de graça, pela misericória de Deus. Neste evangelho, as bençãos vem à nossa vida não porque mereçamos, mas porque precisamos. Neste evangelho, reconhecemos que Deus está em cima e nós embaixo, que Deus é Senhor e nós somos servos.
Voltando à história do fariseu e do publicano, a atitude deste era radicalmente oposta à do primeiro: nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: O Deus, tem misericórdia de mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele.
Qual está sendo nossa atitude hoje em dia ? Fariseus ou publicanos ? Oficial romano ou anciãos dos judeus ? Merecedores ou necessitados ?
O resultado ?
“Porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado” (Lucas 18.14).

quarta-feira, 10 de março de 2010

Guia profético 2010 - parte 1

Visitando o site do Ministério Terra Santa (http://mts.org.br ), encontrei o interessante GUIA PROFETICO 2010. Em seu terceiro tópico, dizia:“O ano de  2010 será o estabelecimento de uma Nova Geração:Esta nova Geração está pronta  para substituir uma liderança ultrapassada, sem visão e permissiva. Serão levantados os políticos jovens de grande visão nacional – social e os novos e conquistadores ministros do Evangelho. Eles trarão uma grande transformação as nossas nações.”.
Não é de hoje que se fala de uma “nova geração” de evangélicos como se fosse uma espécie de “salvação da lavoura”. Pode dar a impressão de que tudo que tivesse sido feito pelas antigas gerações não fosse aproveitável, esquecendo-se que foi essa primeira geração que desbravou florestas e igarapés, pregando o evangelho a ribeirinhos e agricultores, enfrentando (como aqui na minha Região Norte) ataques de malárias, cobras, onças, além de horas remando em rios e atravessando matas, não para profetizar ou buscar dízimos e ofertas, porém movidos pelo “ide” de Jesus.
É preciso muito cuidado para não supervalorizar o novo, até porque este tem suas virtudes, assim como o antigo; porém, se mal encaminhado, pode trazer grandes problemas. Afinal, não podemos nos esquecer que no livro de Juízes, menciona que após a morte do líder Josué e de sua geração, surgiu “uma nova geração que não conhecia o Senhor, nem a obra que havia feito sobre Israel”. Essa “nova geração” viveu numa gangorra, às vezes embaixo (oprimida pelos filisteus, amorreus e outros “eus”) e às vezes por cima (quando se arrependia e clamava ao Deus da antiga geração).
Vigiemos e oremos.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Comércio da fé

I
Tem camisa com nome bem escrito
Tem bonezinho pintado e estiloso
Tem disco com cantor ruim, fanhoso
E trancelim com pingente esquisito
Vendem pulseira com o nome Cristo
Também o bom óleo da unção
E os lobos enricando de montão
Té parece que fazem por pirraça
No comércio da fé Jesus não passa
De um produto vendido à prestação

II
O "pastor" faz ginástica e aliena
"Foi Jesus quem mandou tem que pagar
E tá no Inferno aquele que negar
E pague logo porque vale a pena"
Muito triste contemplar a cena
Desses lobos roubando a multidão
Pastoreiam bolso de irmão
Falso profeta em meio da massa
No comércio da fé Jesus não passa
De um produto vendido à prestação

III
Retratinho, santo, escapulário
Livro, reza, receita de oração
Tem de tudo na feira da ilusão
Depenam e lhe levam o salário
Tem a fala mansinha do vigário
Do “pastor” vigarista, espertalhão
Que formou-se no curso de ladrão
Tenho um nojo danado dessa raça
No comércio da fé Jesus não passa
De um produto vendido à prestação

IV
Tem o padre da coreografia
Se rebola para atrair fiéis
Vende broches, pulseiras, e anéis
Caso pudesse vendia a sacristia
Inda chama-se filho de Maria
É mentira não creio nisso não
Maria não foi mãe de ladrão
Ela foi uma mulher Cheia de graça
No comércio da fé Jesus não passa
De um produto vendido à prestação

V
Caso Cristo resolvesse aqui andar
Ensinando, pregando, dando exemplo
Expulsava esses vendilhões do templo
Com chicote no lombo até ralar
E dava um banho de sal pra ajeitar
Esse bando de enganador ladrão
Sou pastor e me sinto na razão
Comem dinheiro parecem uma traça
No comércio da fé Jesus não passa
De um produto vendido à prestação

Fonte: http://veshamegospel.blogspot.com/search/label/Comercio%20da%20F%C3%A9

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

SILAS MALAFAIA NO PROGRAMA DO RATINHO

Hoje assisti pela primeira vez no ano ao Programa do Ratinho, no SBT. Na telinha, um debate superquente: a PL 122/2004, o projeto de lei que (infelizmente) já foi aprovado na Câmara dos Deputados e agora segue para o Senado. Se aprovado, irá criminalizar como “discriminação” a simples manifestação de opinião das igrejas evangélicas em desfavor do movimento GLBT (gays, lésbicas, bissexuais e transexuais).
O Pr. Silas Malafaia debateu com a Deputada idelizadora do projeto de lei, e conseguiu colocar com muita propriedade argumentos filosóficos, religiosos, jurídicos e sociais que desaprovam essa verdadeira aberração que (mais uma vez) nossos ilustres parlamentares aprovaram.
Oremos e lutemos para que não seja aprovada essa afronta à ordem jurídica, à democracia, e á Palavra de Deus.
Em outras oportunidades retomaremos o assunto.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

2010

No ano de 1982, o escritor de ficção científica Arthur C. Clarke (falecido há dois anos), publicava o livro “2010: o ano em que faremos contato” (eu sei, eu li 4 vezes !). Em resumo, tratava da descoberta pela Humanidade de uma inteligência alienígena, a qual ajudava a evitar uma guerra nuclear (na época, esse era o grande medo coletivo das pessoas, em plena Guerra Fria, repleta de hostilidades entre as superpotências Estados Unidos e União Soviética).
Os anos passaram e chegamos a um 2010 bem diferente do que Arthru Clerke imaginava. A União Soviética não existe mais (apesar da Rússia manter seu estoque de ogivas nucleares como uma respeitável ameaça), os Estados Unidos tem problemas mais sérios a resolver do que construir naves espaciais tripuladas (como por exemplo, resolver o problema de seu sistema de saúde pública e decidir como tirar o pé do atoleiro do Iraque e Afeganistão sem perder muito a dignidade de superpotência). Quanto à inteligência alienígena, continua sendo uma espécie de religião para muita gente. Ao mesmo tempo que muitos não acreditam em Deus e desprezam a Bíblia, há outros que acreditam piamente que no Juízo Final (em 2012 !), discos voadores os salvarão da catástrofe.
O que não mudou mesmo foi a Humanidade: corrompida, distante de Deus, em guerra contra o próximo e contra si mesma. E a cada dia só piora mais. Verdadeiramente, a Bíblia tem razão quando nos assevere: “não há um justo, nem um sequer” (Rm 3.10).
Vemos também que realmente “Deus confunde os sábios na sua própria sabedoria” (1º Co 3.19). Apesar de grande visionário, Arthur Clarke não poderia imaginar que chegaríamos a 2010 em uma situação muito distante do que se imaginava: não colonizamos a Lua, não temos carros voadores, nossas estações orbitais são primitivas, não eliminamos a fome, a guerra e outros males da Humanidade.
Do Homem são as intenções do coração, mas de Deus a resposta d boca. Finalizo lembrando as palavras atualíssimas do apóstolo Tiago: Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece. Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo. Mas agora vos gloriais em vossas presunções; toda a glória tal como esta é maligna. (Tg 4.14-16)

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A reunião de Satanás

A Reunião de Satanás
(É sempre bom refletirmos como estamos conduzindo nossas vidas!)


Satanás convocou uma Convenção Mundial de demônios.
Em seu discurso de abertura, ele disse:
"Não podemos impedir os cristãos de irem à igreja"
"Não podemos impedi-los de ler as suas Bíblias e conhecerem a verdade"
"Nem mesmo podemos impedi-los de formar um relacionamento íntimo com o seu Salvador?.

E, uma vez que eles ganham essa conexão com Jesus, o nosso poder sobre eles está quebrado.

"Então vamos deixá-los ir para suas igrejas, vamos deixá-los com os almoços e jantares que nelas organizam, MAS, vamos roubar-lhes o TEMPO que têm, de maneira que não sobre tempo algum para desenvolver um relacionamento com Jesus Cristo". "O que quero que vocês façam é o seguinte", disse o diabo:
"Distraia-os a ponto de que não consigam aproximar-se do seu Salvador"
Como vamos fazer isto? Gritaram os seus demônios.

Respondeu-lhes:
"Mantenham-nos ocupados nas coisas não essenciais da vida, e inventem inumeráveis assuntos e situações que ocupem as suas mentes"
"Tentem-nos a gastarem, gastarem, gastarem, e tomar emprestado, tomar emprestado"

"Persuadam as suas esposas a irem trabalhar durante longas horas, e os maridos a trabalharem de 6 à 7 dias por semana, durante 10 à 12 horas por dia, a fim de que eles tenham capacidade financeira para manter os seus estilos de vida fúteis e vazios."
"Criem situações que os impeçam de passar algum tempo com os filhos"

"À medida que suas famílias forem se fragmentando, muito em breve seus lares já não mais oferecerão um lugar de paz para se refugiarem das pressões do trabalho".
"Estimulem suas mentes com tanta intensidade, que eles não possam mais escutar aquela voz suave e tranqüila que orienta seus espíritos".
"Encham as mesinhas de centro de todos os lugares com revistas e jornais".

"Bombardeiem as suas mentes com noticias, 24 horas por dia".
"Invadam os momentos em que estão dirigindo, fazendo-os prestar atenção a cartazes chamativos".
"Inundem as caixas de correio deles com papéis totalmente inúteis, catálogos de lojas que oferecem vendas pelo correio, loterias, bolos de apostas, ofertas de produtos gratuitos, serviços, e falsas esperanças".

"Mantenham lindas e delgadas modelos nas revistas e na TV, para que seus maridos acreditem que a beleza externa é o que é importante, e eles se tornarão mal satisfeitos com suas próprias esposas".
"Mantenham as esposas demasiadamente cansadas para amarem seus maridos à noite, e dê-lhes dor de cabeça também. Se elas não dão a seus maridos o amor que eles necessitam, eles então começam a procurá-lo em outro lugar e isto, sem dúvida, fragmentará as suas famílias rapidamente."

"Dê-lhes Papai Noel, para que esqueçam da necessidade de ensinarem aos seus filhos, o significado real do Natal."
"Dê-lhes o Coelho da Páscoa, para que eles não falem sobre a ressurreição de Jesus, e o Seu poder sobre o pecado e a morte."
"Até mesmo quando estiverem se divertindo, se distraindo, que seja tudo feito com excessos, para que ao voltarem dali estejam exaustos!".

"Mantenha-os de tal modo ocupados que nem pensem em andar ou ficar na natureza, para refletirem na criação de Deus. Ao invés disso, mande-os para Parques de Diversão, acontecimentos esportivos, peças de teatro, concertos e ao cinema. Mantenha-os ocupados, ocupados."
"E, quando se reunirem para um encontro, ou uma reunião espiritual, envolva-os em mexericos e conversas sem importância, para que, ao saírem, o façam com as consciências pesadas".

"Encham as vidas de todos eles

com tantas causas nobres e

importantes a serem defendidas

que não tenham nenhum tempo para buscarem o poder de Jesus".

Muito em breve, eles estarão buscando em suas próprias forças, as soluções para seus problemas e causas que defendem, sacrificando sua saúde e suas famílias pelo bem da causa."

"Isto vai funcionar!! Vai funcionar !!"

Os demônios ansiosamente partiram para cumprirem as determinações do chefe, fazendo com que os cristãos, em todo o mundo, ficassem mais ocupados, e mais apressados, indo daqui para ali e vice-versa, tendo pouco tempo para Deus e para

suas famílias.

Não tendo nenhum tempo para contar
à outros sobre o poder de Jesus para transformar vidas.

Creio que a pergunta é:

Teve o diabo sucesso nas suas maquinações?

Por favor, passe isto adiante, se você não estiver muito OCUPADO!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Aniversário de Macapá

Hoje minha querida cidade de Macapá, no jovem Estado do Amapá, completa 252 anos. única capital brasileira cortada pela Linha do Equador, fincada em um Estado que preserva a maior parte de sua vegetação nativa, banhada pelo maior curso dágua do mundo, o Rio Amazonas. Apesar de ainda ter muitos problemas, como qualquer outra, tem um enorme potencial de soluções, pois seu povo é forte e trabalhador. Além disso, aqui existe uma parcela do corpo de Cristo que, repartido em diversos ministérios, congregações e denominações, louva e engrandece o nome do Deus Altíssimo, e trabalha em prol do Reino dos Céus.
Orai por Macapá, amados irmãos.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

FALSOS PROFETAS

Há muito tempo, a Biblia falava que no fim dos tempos iriam surgir falsos profetas. E não é que realmente chegou este tempo? Não é tão fácil combater a propagada mentirosa dos falsos profetas porque eles têm afirmado que as suas doutrinas são baseadas na palavra de Deus.
O Que é um Profeta? A palavra “profeta” vem do grego “prophetes”, e significa “falar antes”. Profeta é uma pessoa que transmite uma mensagem de Deus para os homens, chamada PROFECIA.
Profecia – declaração da mente e do conselho de Deus.
Tipos de profecia:
Preditiva – Revela o plano divino em relação a Israel, a Igreja, aos gentios e a plena chegada do Reino de Deus. É Escatológica (futuro), definida e inerrante, pois o plano divino já está profeticamente definido – Ap 22.18.
Declarativa – É constituída de exortação, admoestação, encorajamento, promessa, advertência, Julgamento, consolo. (para edificação e aperfeiçoamento dos santos) – 1 Co 14.3,4; Ef 4.12.
A busca por profecia e revelações, para as respostas dos problemas pessoais é uma realidade em nossos dias, porem o propósito da profecia é exortar, consolar e edificar – 1 Co 14.3. Logo, qualquer profecia que não se enquadre nesses três propósitos não se cumprirá – Dt 18.22
Características do ministério profético
Proclamar e interpretar a Palavra de Deus. Admoestar, exortar, animar, consolar e edificar (At 2.14-36; 1 Co 14.3); desmascarar o pecado, proclamar a justiça, advertir do juízo vindouro, combater o mundanismo e frieza espiritual entre o povo de Deus. (Lc 1 14-17, At 13.10,11)
Os falsos profetas surgem sempre contra uma denominação religiosa. Considerando corrupta, corrompida ou insatisfatória sua religião ou denominação, organizam movimentos, princípios, doutrinas, regras e normas que satisfazem, levando muitos outros consigo. Se dizem “escolhidos” por Deus para uma missão especial; somente eles tem uma nova unção e têm sempre uma “revelação especial” que as pessoas precisam ouvir.
É uma questão de definir a fonte da inspiração do profeta. Seria Deus? Nesse caso, o profeta é verdadeiro. Se não é Deus, então ele não deve merecer crédito nem ser seguido, independentemente de quão grande seja a sua sabedoria ou de quanto impacto sua atividade provoque.
A situação hoje não é muito diferente: profecias bíblicas estão para se cumprir. A princípio as perspectivas não são boas, pois as nuvens da tribulação que se aproxima estão cada vez mais densas. Estamos cercados por más notícias. Indo de encontro a isso, prega-se em muitos lugares um evangelho puramente “positivo”, que ignora esses fatos e é recebido com atenção crescente.
Avivamentos e curas são prometidos em larga escala. E embora, depois das reuniões, os doentes sejam tirados dos palcos ainda nas mesmas cadeiras de rodas nas quais chegaram, quase ninguém nota isso. Faz-se do pecado algo inofensivo e fortalece-se a fé em si mesmo. O importante é o show!
Características de um falso profeta:
Têm aparência de piedade – 2 Tm 3.5, São lobos vestidos de ovelhas – Mt 7.15, São mestres e doutores (inteligentes, cultos, influentes) – 2 Pe 2.1
Por baixo dessa bela aparência são:
".... amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela" 2 Tm 3.2-5.
Como identificá-los? Como saber se estão em nosso meio?
Conhecendo a Palavra de Deus, oração, discernimento Espiritual e por seus frutos – Mt 7.20.
Os falsos mestres ensinam o que as pessoas querem ouvir (1 Rs 22.12-14).
O verdadeiro mestre usado por Deus fala o que o povo precisa ouvir, se preocupando com a vida espiritual das ovelhas e com a verdade bíblica (Hb 12.4-13).
O que fazer para não se deixar enganar?
Orar; ler e meditar na Palavra de Deus;
Comparar o que SE ouve com o que está escrito na Bíblia.
Não podemos duvidar de todas as profecias –"Não extingais o Espírito; Não desprezeis as profecias 1 Ts 5.19. 20.
A Bíblia adverte:
“Igualmente hão de surgir muitos falsos profetas, e enganarão a muitos...” Mateus 24:11
“Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.” Mateus 7:15
“Mas houve também entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição.” II Pedro 2:1
“Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos vêm de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo.” I João 4:1

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

CORINTO, UM EXEMPLO DE IGREJA

A Cidade de Corinto era bonita, rica, cheia de comércio. Era uma importante cidade romana. Ali, Paulo fundou uma igreja numa de suas viagens missionárias. Mas algum tempo depois, aquela igreja começou a dar alguns problemas.

1 – UMA IGREJA FERVOROSA, MAS NÃO AVIVADA
Os crentes de Corinto eram fervorosos, havia manifestação de dons espirituais, como profecias, línguas estranhas e batismos, mas os irmãos daquela igreja eram crianças na fé.
1 Co 3. 1 E EU, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a meninos em Cristo.
Do mesmo jeito, hoje em dia existem crentes na igreja que são fervorosos, avivados, gostam de movimento e agitação, mas que não tem um espiritualidade verdadeira, muitas vezes e só emoção e carnalidade, é um verdadeiro “fogo de palha”.
Na igreja de Corinto, assim como hoje em dia, havia dons espirituais, profecia, visão, revelação, batismo e milagres. Esses dons espirituais são capacitações sobrenaturais de Deus para crescimento da igreja e proclamação do Evangelho. É verdade que existem algumas igrejas que dizem que esses dons eram só para os tempos dos apóstolos, mas a Bíblia diz que essa promessa é para nós, para nossos filhos, e para todos quantos Deus chamar. Nos tempos recentes, o derramamento do Espírito recomeçou em 1906, na Igreja da Rua Azusa, em Los Angeles, Califórnia, Estados Unidos, e tomou a Ame´rica até chegar ao Brasil.
Mas na igreja de Corinto, apesar de ter os dons do Espírito, não existiam frutos do Espírito: amor, alegria, paz, paciência, bondade, fé, mansidão, temperança. Assim como hoje em dia, muitos dos crentes usavam os dons espirituais para mostrar sua santidade, sua posição espiritual.
Um hino antigo dizia: se alguém se julgar maior ou melhor com o que recebeu, o Senhor vira e então tirará o que Ele deu, os dons são de Deus e Ele os da a quem Ele quer, por isso e preciso usar os talentos que o Senhor lhe der.
Hoje em dia se fala muito de avivamento, e as pessoas pensam que isso e o barulho, as línguas estranhas, as profecias, o milagres. Mas a Bíblia nos mostra que isso não é avivamento.
Quer ver um avivamento de verdade ?
2a CRÔNICAS 17. 6 E exaltou-se o coração do rei Josafá nos caminhos do SENHOR e, ainda mais, tirou os altos e os bosques de Judá. 7 E no terceiro ano do seu reinado enviou ele os seus príncipes E com eles os levitas e os sacerdotes. 9 E ensinaram em Judá, levando consigo o livro da lei do SENHOR; e foram a todas as cidades de Judá, ensinando entre o povo.
2a CRÔNICAS 19. 4 Habitou, pois, Jeosafá em Jerusalém; e tornou a passar pelo povo e fez com que tornassem ao SENHOR Deus de seus pais. 5 E estabeleceu juízes na terra, em todas as cidades fortificadas, de cidade em cidade.
Quer ver outro avivamento de verdade ?
2a CRÔNICAS 30. 26 E houve grande alegria em Jerusalém; porque desde os dias de Salomão, filho de Davi, rei de Israel, tal não houve em Jerusalém. 27 Então os sacerdotes e os levitas se levantaram e abençoaram o povo; e a sua voz foi ouvida; porque a sua oração chegou até à santa habitação de Deus, até aos céus.
2a CRÔNICAS 31. 1 E ACABANDO tudo isto, todos os israelitas que ali se achavam saíram às cidades de Judá e quebraram as estátuas, cortaram os bosques dos falsos deuses, e derrubaram os altos e altares, até que tudo destruíram. 2 E estabeleceu Ezequias as turmas dos sacerdotes e levitas, para oferecerem sacrifícios, para ministrarem, louvarem, e cantarem, 4 E ordenou ao povo, que morava em Jerusalém, que desse a parte dos sacerdotes e levitas, para que eles pudessem se dedicar à lei do SENHOR. 5 E, depois que se divulgou esta ordem, os filhos de Israel trouxeram muitas primícias de trigo, vinho , azeite, mel, e de todo o produto do campo; também os dízimos de tudo trouxeram em abundância. 6 E os filhos de Israel e de Judá, que habitavam nas cidades de Judá, também trouxeram dízimos dos bois e das ovelhas, e dízimos das coisas dedicadas que foram consagradas ao SENHOR seu Deus.



2 – UMA IGREJA DESUNIDA E BRIGUENTA

1 Co 1. 10 Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós dissensões; antes sejais unidos em um mesmo pensamento e em um mesmo parecer. 11 Porque a respeito de vós, irmãos meus, me foi comunicado pelos da família de Cloé que há contendas entre vós. 12 Quero dizer com isto, que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo, e eu de Apolo, e eu de Cefas, e eu de Cristo. 13 Está Cristo dividido? foi Paulo crucificado por vós? ou fostes vós batizados em nome de Paulo?
A igreja de Corinto estava dividida em partidos, em panelinhas: os de Paulo, os de Apolo, os de Cefas (o apóstolo Pedro), e os de Cristo. Do mesmo jeito, muitas igrejas hoje em dia estão repartidas:
os de Paulo seriam os fundadores, liberais na doutrina e nos costumes, confundiam a liberdade cristã com a libertinagem;
os de Apolo são os crentes mais intelectuais, e que acreditam que as filosofias e teologias estão acima da Palavra de Deus;
os de Cefas representam os crentes legalistas, defensores de costumes que não tem apoio na doutrina;
os de Cristo representam os crentes que dizem não obedecer a nenhuma liderança da igreja, só obedecem a Deus, e que pecam pela rebelião.
Mas além de ser uma igreja dividida, Corinto era um igreja briguenta. No capitulo 6, Paulo censura os crentes porque eles se processavam nos tribunais por coisas pequenas, por questões sem importância. Eram pessoas que “não levavam desafora para casa”, que “faziam valer seus direitos”. Quer dizer, crentes que pensavam ser avivados e espirituais, brigavam por coisinhas. Do mesmo jeito, hoje em dia existem crentes que, na igreja, é só “gloria a Deus” e “aleluias”, mas fora da igreja são grosseiros, carnais e mentirosos. Na igreja dão testemunho, fora da igreja dão tristemunho.


3 – UMA IGREJA IMORAL E PECADORA

1a CORÍNTIOS 5.1 GERALMENTE se ouve que há entre vós fornicação, e fornicação tal, que nem ainda entre os gentios se nomeia, como é haver quem abuse da mulher de seu pai. 9 Já por carta vos tenho escrito, que não vos associeis com os que se prostituem; 11 Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais. Tirai, pois, dentre vós a esse iníquo.
Vejam só ! Uma igreja avivada e fervorosa, mas que tinha crentes vivendo na pior imoralidade sexual. Havia mulher casada traindo o marido com o próprio filho, um caso de incesto ! Eninguém fazia nada, ninguém tomava uma providência ! Quando os costumes e ideias do mundo são aceitos na igreja, em lugar das regras e mandamentos da Bíblia, isso abre brechas para que os pecados mais terríveis entrem no meio do povo de Deus. Pessoas vivendo em adultério, prostituição, homossexualismo, fornicação, precisam ser ensinadas e, se não se emendarem, disciplinadas, excluídas de comunhão, para que a igreja não sofra. A igreja de Corinto era cúmplice do pecado, porque o tolerava; do mesmo jeito, muitas igrejas hoje em dia são culpadas do pecados de alguns de seus crentes, porque não os corrigem nem disciplinam.
Infelizmente, quando se fala de pecado, não são apenas os pecados sexuais, como quando a Bíblia fala dos que se prostituem e dos devassos. Como Paulo escreve, também existem:
os avarentos, os “jaranas”, “mãos de vaca”, pão-duro, mesquinhos, que não ajudam nem a obra de Deus e nem o próximo, mesmo tendo condições para isso ;
há também os “idólatras”, pessoas que colocam outras coisas em primeiro lugar (que só pertence a Deus);
Temos ainda os “maldizentes”, ou seja, os crentes “bombom de alho”, os que mentem, murmuram, falam mal, agridem as pessoas com palavras, parece que foram batizados com suco de limão;
Não se pode esquecer do “beberrão”, ou seja, o crente viciados em bebidas alcoólicas, ou drogas em geral;
E ainda, o “roubador”, ou seja, aquele falso crente que prejudica o seu próximo, compra e não paga, tira alguma mercadoria no nome de outra pessoa, não paga e faz o nome do irmão ir para o SPC e SERASA.
É incrível que em muitas igrejas, imediatamente se disciplina o jovem que tem relações fora do casamento (está correto), mas no “dizimista fiel” que bate na esposa ou maltrata os filhos ninguém toca; o “cooperador da obra” que espalha calúnias dos outros ou compra e não paga, ninguém faz nada (está errado)...
Nas igrejas de hoje, precisamos lançar fora o fermento velho, tirar do nosso meio a iniquidade, os maus costumes, as falsas doutrinas e heresias. Com amor e bondade, mas com firmeza.
E ainda tem gente que reclama: “não pode, Deus é amor, temos que amar os irmãos”. Porém, amar não significa deixar de castigar quando necessário; não é o que Deus faz conosco sempre ?

4 – UMA IGREJA SEM REVERÊNCIA COM AS COISAS DE DEUS

No capitulo 11 de 1a Coríntios, Paulo faz um ensinamento completo sobre a ministração da Santa Ceia. Foi preciso fazer isso, pois os irmãos de Corinto estavam transformando o momento da ceia numa bagunça: os mais ricos levavam muita comida para a igreja, para fazer um verdadeiro banquete; os mais pobres ficavam envergonhados.
Hoje em dia, também existem crentes que no momento da Ceia não oram, não meditam no significado do sacrifício de Jesus no Calvário. Existem até pessoas que no momento da Ceia riem e conversam, como se fosse um momento qualquer.
Mas infelizmente o problema não é só no momento da ceia. Nos cultos em geral, as pessoas estão perdendo a reverência pelas coisas sagradas. No momento da leitura da Palavra, muitos crentes ficam com a Bíblia aberta, olhando para o lado, vendo quem está chegando. Antigamente os crentes chegavam na igreja um pouco antes do culto, se ajoelhavam e ficavam orando ate começar o culto; hoje, se tiver um período de oração no começo do culto, as pessoas chegam mais tarde de propósito. Antes, nos trazíamos nossos lenços para a igreja, pois tínhamos certeza que íamos chorar na presença de Deus; hoje em dia, olhos secos.
A irreverência com as coisas de Deus tem levado muitos crentes a fazerem como Nadade e Abiú, filhos do sacerdote Arão que entraram no templo bêbados para oferecer incenso a Deus. Ofereceram fogo estranho sobre o altar, e a resposta de Deus veio rápida e certeira: fogo saiu do altar e matou os dois jovens. Imagine que vergonha, dois levitas, filhos do sacerdote, mortos dentro da igreja, defronte do altar ! Muitos também hoje em dia estão na presença de Deus com uma adoração extravagante, profética, mas que na verdade não passa de fogo estranho. É fogo, mas não do tipo que Deus manda.
A irreverência com as coisas de Deus tem levado muitos crentes e muitas igrejas a criar um evangelho para entreter as pessoas. Em vez de alimentar as ovelhas, procuram divertir os bodes. Não é mais culto, é um show, uma apoteose. A falta de reverência tem levados muitos músicos a deixar os hinos inspirados, mesmo antigos, e abraçarem músicas e ritmos que balançam o corpo mas não edificam a alma. Ah, e ninguém sente a presença de Deus, nem sente desejo de entregar sua vida a Cristo.
Colossensses 3.16 A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração.
Cuidado com a irreverência das coisas sagradas ! Afinal, diz a Palavra em Gálatas 6.7 Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.

Por tudo isso, e muito mais, Corinto é um exemplo, mas na acepção negativa da palavra. Que Deus nos guarde de sermos coríntios !

sábado, 30 de janeiro de 2010

Carta a um Universitário Cristão

Caro irmão em Cristo,

Você tem o privilégio de freqüentar um curso superior, algo que não está disponível para muitos brasileiros como você. Mas esse privilégio implica em muitas responsabilidades e em alguns desafios especiais. Um desses desafios diz respeito a como conciliar a sua fé com determinados ensinos e conceitos que lhe têm sido transmitidos na vida acadêmica.
Até ingressar na universidade, você viveu nos círculos protegidos do lar e da igreja. Nunca a sua fé havia sido diretamente questionada. Talvez por vezes você tenha se sentido um tanto desconfortável com certas coisas lidas em livros e revistas, com opiniões emitidas na televisão ou com alguns comentários de amigos e conhecidos. Porém, de um modo geral, você se sentia seguro quanto às suas convicções, ainda que nunca tivesse refletido sobre elas de modo mais aprofundado.
Agora, no ambiente secularizado e muitas vezes abertamente incrédulo da universidade, você tem ficado exposto a idéias e teorias que se chocam frontalmente com a sua fé até então singela, talvez ingênua, da infância e da adolescência. Os professores, os livros, as aulas e as conversas com os colegas têm mostrado outras perspectivas sobre vários assuntos, as quais parecem racionais, científicas, evoluídas. Algumas de suas crenças e valores parecem agora menos convincentes e você se sente pouco à vontade para expressá-los.
No intuito de ajudá-lo a enfrentar esses desafios, eu gostaria de fazer algumas considerações e chamar a sua atenção para alguns dados importantes.
Em primeiro lugar, você não deve ficar excessivamente preocupado com as suas dúvidas e inquietações. Até certo ponto, ter dúvidas é algo que pode ser benéfico porque ajuda a pessoa a examinar melhor a sua fé, conhecer os argumentos contrários e adquirir convicções mais sólidas. O apóstolo Paulo queria que os coríntios tivessem uma fé testada, amadurecida, e por isso recomendou-lhes: “Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos” (2 Co 13.5). As dúvidas mal resolvidas realmente podem ser fatais, mas quando dão oportunidade para que a pessoa tenha uma fé mais esclarecida e consciente, resultam em crescimento espiritual e maior eficácia no testemunho. O apóstolo Pedro exortou os cristãos no sentido de estarem “sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós” (1 Pe 3.15).
Além disso, você deve colocar em perspectiva as afirmações feitas por seus professores e colegas em matéria de fé religiosa. Lembre-se que todas as pessoas são influenciadas por pressupostos, e isso certamente inclui aqueles que atuam nos meios universitários. A idéia de que professores e cientistas sempre pautam as suas ações pela mais absoluta isenção e objetividade é um mito. Por exemplo, muitos intelectuais acusam a religião de ser dogmática e autoritária, de cercear a liberdade das pessoas e desrespeitar a sua consciência.
Isso até pode ocorrer em muitos casos, mas a questão aqui é a seguinte: Estão os intelectuais livres desse problema? A experiência mostra que os ambientes acadêmicos e científicos podem ser tão autoritários e cerceadores quanto quaisquer outras esferas da atividade humana. Existem departamentos universitários que são controlados por professores materialistas de diversos naipes – agnósticos, existencialistas e marxistas. Muitos alunos cristãos desses cursos são ridicularizados por causa de suas convicções, não têm a liberdade de expor seus pontos de vista religiosos e são tolhidos em seu desejo de apresentar perspectivas cristãs em suas monografias, teses ou dissertações.
Portanto, verifica-se que certas ênfases encontradas nesses meios podem ser ditadas simplesmente por pressupostos ou preconceitos anti-religiosos e anticristãos, em contraste com o verdadeiro espírito de tolerância e liberdade acadêmica. Você, estudante cristão que se sente ameaçado no ambiente universitário, deve lembrar que esse ambiente é constituído de pessoas imperfeitas e limitadas, que lidam com seus próprios conflitos, dúvidas e contradições, e que muitas dessas pessoas foram condicionadas por sua formação familiar e/ou educacional a sentirem uma forte aversão pela fé religiosa.
Tais indivíduos, sejam eles professores ou alunos, precisam não do nosso assentimento às suas posições anti-religiosas, mas do nosso testemunho coerente, para que também possam crer no Deus revelado em Cristo e encontrem o significado maior de suas vidas.
Todavia, ao lado dessas questões mais pessoais e subjetivas, existem alegações bastante objetivas que fazem com que você se sinta abalado em suas convicções cristãs.
Uma dessas alegações diz respeito ao suposto conflito entre fé e ciência. O cristianismo não vê esse impasse, entendendo que se trata de duas esferas distintas, ainda que complementares. Deus é o criador tanto do mundo espiritual quanto do mundo físico e das leis que o regem. Portanto, a ciência corretamente entendida não contradiz a fé; elas tratam de realidades distintas ou das mesmas realidades a partir de diferentes perspectivas.
O problema surge quando um intelectual, influenciado por pressupostos materialistas, afirma que toda a realidade é material e que nada que não possa ser comprovado cientificamente pode existir. O verdadeiro espírito científico e acadêmico não se harmoniza com uma atitude estreita dessa natureza, que decide certas questões por exclusão ou por antecipação.
Mas vamos a alguns tópicos mais específicos. Você, universitário cristão, pode ouvir em sala de aula questionamentos de diversas modalidades: acerca da religião em geral (uma construção humana para responder aos anseios e temores humanos), de Deus (não existe ou então existe, mas é impessoal e não se relaciona com o mundo), da Bíblia (um livro meramente humano, repleto de mitos e contradições), de Jesus Cristo (nunca existiu ou foi apenas um líder carismático), da criação (é impossível, visto que a evolução explica tudo o que existe), dos milagres (invenções supersticiosas, uma vez que conflitam com os postulados da ciência), e assim por diante.
Não temos aqui espaço para responder a todas essas alegações, mas perguntamos: Quem conferiu às pessoas que emitem esses julgamentos a prerrogativa de terem a última palavra sobre tais assuntos? Por que deve um universitário cristão aceitar tacitamente essas alegações, tantas vezes motivadas por preferências pessoais e subjetivas dos seus mestres, como se fossem verdades definitivas e inquestionáveis?
O fato é que, desde o início, os cristãos se defrontaram com críticas e contestações de toda espécie. Nos primeiros séculos da era cristã, muitos pagãos acusaram os cristãos de incesto, canibalismo, subversão e até mesmo ateísmo! Foram especialmente contundentes as críticas feitas por homens cultos como Porfírio e Celso, que questionaram a Escritura, as noções de encarnação e ressurreição, e outros pontos. Eles alegavam que o cristianismo era uma religião de gente ignorante e supersticiosa. Em resposta a esses ataques intelectuais surgiu um grupo de escritores e teólogos que ficaram conhecidos como os apologistas e os polemistas. Dentre eles podem ser citados Justino Mártir, Irineu de Lião, Tertuliano, Clemente de Alexandria e Orígenes, que produziram notáveis obras em defesa da fé cristã.
Em nosso tempo, também têm surgido grandes defensores da cosmovisão cristã, tais como Cornelius Van Til, C. S. Lewis, Francis Schaeffer, R. C. Sproul, John Stott e outros, que têm utilizado não somente a Bíblia, mas a teologia, a filosofia e a própria ciência para debater com os proponentes do secularismo.
Além deles, outros autores têm publicado obras mais populares acerca do assunto, apresentado argumentos convincentes em resposta às alegações anticristãs. Um bom exemplo recente é o livro de Lee Strobel, "Em Defesa da Fé", que possui um capítulo especialmente instrutivo sobre uma questão até hoje não aclarada pela ciência, ou seja, a origem da vida.
É importante que você, universitário cristão, leia esses autores, familiarize-se com seus argumentos e reflita de maneira cuidadosa sobre a sua fé, a fim de que possa resistir à sedução dos argumentos divulgados nos meios acadêmicos. Você deve aproximar-se de outros estudantes que compartilham as mesmas convicções. É muito difícil enfrentar sozinho as opiniões contrárias de um sistema ou de uma comunidade. Por isso, envolva-se com um grupo de colegas cristãos que se reúnam para conversar sobre esses temas, compartilhar experiências, apoiar-se mutuamente e cultivar a vida espiritual.
Muitas universidades têm representantes da Aliança Bíblica Universitária (ABU) e de outras organizações cristãs idôneas que visam precisamente oferecer auxílio aos estudantes que se deparam com esses desafios. Não deixe também de participar de uma boa igreja, onde você possa encontrar comunhão genuína e alimento sólido para a sua vida com Deus.
Procure encarar de maneira construtiva os desafios com que está se defrontando. Veja-os não como incômodos, mas como oportunidades dadas por Deus para ter uma fé mais madura e consciente, para conhecer melhor as Escrituras, para inteirar-se das críticas ao cristianismo e de como responder a elas, para dar o seu testemunho diante dos seus professores e colegas, por palavras e ações.
Saiba que você não está só nessa empreitada. Além de irmãos que intercedem por sua vida, você conta com a presença, a força e a sabedoria do Senhor. Muitos já passaram por isso e foram vitoriosos. Meu desejo sincero é que o mesmo aconteça com você. Deus o abençoe !

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A GLÓRIA DE DEUS EM NÓS

EXODO 33.18 Então disse Moisés ao Senhor: Rogo-te que me mostres a tua glória. Porém Deus respondeu: Eu farei passar toda a minha bondade por diante de ti, e proclamarei o nome do SENHOR diante de ti; e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia, e me compadecerei de quem eu me compadecer. E disse mais: Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face, e viverá. Disse mais o SENHOR: Eis aqui um lugar junto a mim; aqui ficaras sobre a rocha. E acontecerá que, quando a minha glória passar, te colocarei numa fenda da rocha, e te cobrirei com a minha mão, até que eu haja passado. E, havendo eu tirado a minha mão, me verás pelas costas; mas a minha face não se verá.

Esta passagem da Bíblia Sagrada nos conta quando o grande profeta Moisés faz a Deus um pedido que muitos cristãos dos dias de hoje também fazem: Mostra-me tua glória. No Antigo Testamento, a glória de Deus esta intimamente ligada a sua auto-revelação, a um esplendor fulgurante e santidade flamejante. Com certeza, quando se diz a Deus MOSTRA-ME TUA GLORIA, se espera uma luz brilhante, um espetáculo de luzes, um show fantástico.

Mas nesta passagem do livro de êxodo, a glória de Deus esta relacionada com seu caráter amoroso e fiel. Quando Deus responde ao pedido de Moisés, não diz nada sobre luzes, resplendor, ou fogo. Deus fala de bondade, misericórdia e compaixão, qualidades que Ele mostrou ao longo da historia sagrada, e que os verdadeiros servos de Deus também tem demonstrado em toda a historia do Cristianismo. Dessa forma, a glória de Deus e uma verdadeira invasão do mundo material pela presença ativa de Deus no meio do seu povo.

Quando os cristãos se reunem nas suas igrejas, ministérios e comunidades, e pedem a Deus que lhes mostre sua glória, muitas vezes estão esperando um show de milagres, profecias, visões, revelações, sonhos de Deus, ministrações, enfim, um espetáculo. E muitas vezes, ficam sem ver nada, porque estão esperando ver o que Deus não quer mostrar naquele momento.

Parece estranho, mas Deus quer nos mostrar sua glória de outras maneiras, através de sua bondade, misericórdia e compaixão. Jesus deixou isso bem claro quando falou no Sermão da Montanha QUE OS HOMENS VEJAM VOSSAS BOAS OBRAS E GLORIFIQUEM AO PAI QUE ESTA NOS CEUS.
E ainda disse: QUERO MISERICÓRDIA, E NÃO SACRIFICIO. Muitas pessoas hoje em dia preferem trazer grandes sacrifícios a Deus, principalmente em forma de ofertas, mas deixam de fazer bem ao próximo, tratam mal seus irmãos e empregados, dando um verdadeiro tristemunho.

Jesus quando contou certa vez uma parábola de um homem que devia uma grande quantia de dinheiro ao rei, não tinha como pagar e pediu ao rei que tivesse pena dele e não o vendesse como escravo para pagar a divida, como mandava o costume daquele tempo. O rei teve compaixão dele e perdoou a divida, mas aquele homem, encontrando outra pessoa que lhe devia dinheiro, mandou prender essa pessoa, apesar dela pedir mais algum tempo para pagar a divida. Quando o rei sube disso, mandou chamar aquele homem ingrato e disse: Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti? Esta e a pergunta de Deus para nos hoje em dia. A manifestação da gloria de Deus que tanto pedimos não depende de reuniões, ministrações e louvores, mas sim de uma vida de comunhão com Deus e com o próximo. Como podemos ver a glória de Deus dentro de nossos templos, se fora das igrejas não vivemos de uma maneira a glorificar a Deus ?

Portanto, se queremos ver a glória de Deus em nossas vidas, em nossas famílias e nossas igrejas, devem seguir o que nos diz a Palavra de Deus:
Cl 3.12 Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade;
Hb. 4.16 Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.
1 Pe 4.13 Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis.
1 Pe 1. 7 Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo;
Fp 1.11 Cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus.
2 Co 12.9 E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.

Lições de Porto Príncipe

Há cerca de duas semanas, o mundo foi abalado com a noticia de um terremoto de grandes proporções num pais da América Central chamado Haiti, na verdade uma ilha pobre e miserável localizada na região do Caribe. Um país massacrado por governo ditatorial, guerra civil, fome, analfabetismo e misérias de todo tipo. E que agora se vê novamente em situação lamentável, desta vez por causa da fúria da natureza. Mas de toda esta situação, alguns ensinamentos valiosos são trazidos para todos nos.
Em primeiro lugar, a fragilidade da vida humana. Milhares de pessoas encontraram a morte em apenas um momento, muitas delas soterradas pelos escombros das próprias casas que construíram. Certamente, nenhuma delas poderia imaginar que aquele seria o último dia de suas vidas. E justamente por ser tão frágil, nossa vida nos faz lembrar que deveríamos valorizá-la mais ainda, aproveitando cada momento na ajuda ao próximo e no cumprimento das leis divinas, como lemos no Salmo 90: Ensina-nos a contar os nossos dias de tal maneira que alcancemos corações sábios. E nos diz ainda o Apóstolo Tiago, no capítulo 4, versículo 14 de sua carta: Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece.
Outra lição preciosa que o terremoto do Haiti nos ensina é a imprevisível certeza da morte. Tão certo como mal nascemos já começamos a morrer, também é certo que o momento de nossa partida não pode ser determinado com antecedência. Por causa do pecado, a morte passou a acompanhar a Humanidade em toda sua história. Justamente por isso, devemos estar preparados da melhor maneira possível. Põe em ordem a tua casa, porque morrerás, seria a palavra bíblica para todos nós. Somente Jesus Cristo pode trazer aos nossos corações a fé e a segurança para enfrentar a morte, pois apenas ele disse: eu sou a ressurreição e a vida, quem crer em mim, ainda que morra, vivera. Nada mais pode trazer ao ser humano a esperança de vida eterna, a não ser a pessoa bendita do Salvador.
Os numerosos relatos de pessoas salvas contra todas as expectativas, mesmo vários dias após o terremoto, nos ensinam muita coisa sobre a providencia divina. 'Milagre' tem sido uma palavra muito usada nos dias recentes no Haiti, trazendo assim uma resposta as pessoas que perguntavam “onde estava Deus no momento do terremoto”?
Não podemos esquecer também de que, apesar dos avanços da ciência e da tecnologia atual, ainda somos bastante limitados. Ainda estamos muito longe de conseguir antever o momento de um terremoto, e mesmo com a ciência de hoje e impossível deter um desastre dessa natureza. Como lemos na 1ª Carta de Paulo aos Coríntios, capítulo 3, versículo 19: “Deus apanha os sábios na sua própria sabedoria”. Um fato curioso após o terremoto foram as declarações polemicas e um tanto desastradas do cônsul do Haiti no Brasil, que sem notar que estava sendo gravado, atribuiu a catástrofe a um castigo divino, em razão das superstições religiosas do povo Haitiano, adeptos fervorosos do vodu, um culto africano. Castigo de Deus, sem dúvida, foi o pensamento de muitas pessoas para esta situação, na verdade, é o que geralmente nos vem à cabeça quando vemos nosso semelhante em situação calamitosa. Foi o que os amigos do patriarca Jo pensaram, ao encontrá-lo cheio de feridas, despojado de seus bens materiais e de sua família por causa de terríveis desastres. Também foi o que as pessoas da época de Jesus pensaram quando uma torre caiu na cidade de Jerusalém e matou 18 pessoas, todos galileus, gente que era considerada como de má reputação. Porém, naquela ocasião Jesus falou algo que nos ensina uma maravilhosa lição. Disse o Mestre de Nazaré: vocês pensam que esses homens eram mais pecadores do que os outros porque isso aconteceu com eles ? Não, antes vos digo, se vocês não se arrependerem, perecerão da mesma maneira.
Com essas palavras, Jesus deixou bem claro que as calamidades, em vez de serem castigo divino, são antes de tudo um solene aviso do Criador para a Humanidade: mudem de proceder, deixem os seus maus caminhos, amem o próximo, obedeçam as Escrituras. Como a Bíblia Sagrada nos fala, no Livro do Profeta Sofonias, capítulo 2: 3 Buscai ao SENHOR, vós todos os mansos da terra, que tendes posto por obra o seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; pode ser que sejais escondidos no dia da ira do SENHOR.
As lições de Porto Príncipe são para toda a Comunidade Internacional, talvez por sentirem isso vários países estão enviando pessoal e equipamentos para ajudarem o povo haitiano nesse momento tão difícil. Que todos os cristãos possam lembrar dessa gente em suas orações, intercedendo por eles e pelas equipes de ajuda humanitária que ali se encontram, e muito especialmente pelos missionários que ali estão.
Mas acima de tudo, oremos por nós mesmos. Afinal, ainda paira a ira de Deus sobre esta Humanidade tão corrompida, tão rebelde contra o Criador, mas tão necessitada e carente de sua graça, misericórdia e perdão. Oremos para que o Haiti não seja aqui.

A BIBLIA - FERRAMENTA PRINCIPAL

“Cremos na inspiração divina e plena da Bíblia, bem como na sua infalibilidade e inerrância, como única regra de fé normativa para a vida e o caráter cristão” (“Cremos”-Credo oficial da Assembléia de Deus, veiculado mensalmente no jornal “Mensageiro da Paz”, item nº 2)
“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar, E QUE MANEJA BEM A PALAVRA DA VERDADE” (2ª Carta a Timóteo, cap.2, ver. 15)

1 – INTRODUÇÃO
Para os cristãos em geral, a Bíblia é de uma importância única. Não é um livro como os outros, pois enquanto aqueles falam de Deus, na Bíblia é Deus quem fala.
Como é grandiosa a Bíblia ! Bela, majestosa e santa é a sua doutrina ! grandiosa, desejável, inestimável é a sua moral ! Poderosíssima, inigualável, eficaz em seus efeitos. Que outro livro faz algo assim ? Nenhum, porque Deus opera através de sua Palavra, através do Espírito Santo, que convence o homem do pecado, da justiça e do juízo. Na própria Bíblia está escrito que a Palavra que sai da boca de Deus não voltará vazia para Ele.
Pelo fato de conter as origens do mundo, as alianças de Deus com os homens, a história de Israel e da Igreja, as profecias reveladoras do futuro, a Bíblia Sagrada pode ser resumida numa só frase: ela é a Palavra de Deus. Em toda a Bíblia, fala-se 2008 vezes que Deus é o seu Autor. Ela se apresenta como alimento, fogo, luz, leite, mel, ouro, espelho, martelo que esfarela a pedra, como espada e como semente.
Escrita a mão por muitos séculos, com a invenção da imprensa foi o primeiro livro a ser feito, a famosa Bíblia de Gutemberg, e hoje em dia existe em mais de 300 línguas diferentes, do português o japonês, e todos os anos são publicadas cerca de 11 milhões de Bíblias completas e 14 milhões só de Novos Testamentos.
Os séculos se passaram, e a Bíblia continua cada vez mais popular. Hoje, existem Bíblias de todas as cores, formas e jeitos. Por exemplo, temos a Green Bible (Bíblia Verde), ainda sem versão no português, em que mais de mil versículos ecológicos vem impressos na cor verde. Temos a Bíblia Iluminada, com desenho ultramoderno e fotos de celebridades como Nelson Mandela e Angelina Jolie. Sem contar as diversas Bíblias de estudo: Pentecostal, Sheed, Scofield, Aplicação Pessoal, do Estudante, do Jovem do Adolescente, Edição de Promessas, entre tantas outras.
Tudo isso nos deixa bem claro que a Bíblia não é um livro como os outros. Nunca um livro foi tão perseguido e tão celebrado ao mesmo tempo. Nunca um livro foi tão amado e tão odiado de uma vez só. Montanhas de Bíblias foram queimadas em praça pública, com cristãos junto, e monumentos à Bíblia foram erguidos em praça pública. Reis, imperadores, sábios, poderosos, já se levantaram contra a Bíblia: todos fracassaram miseravelmente. Muitos que falavam contra a Bíblia foram enterrados com uma em seus túmulos.
Mas afinal, que livro é este ? Qual a fonte desse poder tão avassalador, que não existe quem fique indiferente à sua mensagem ? E que será do cristão que não conhecer a Bíblia ?

2 – O QUE GRANDES HOMENS DISSERAM SOBRE A BÍBLIA
“O Evangelho não é meramente um livro, mas uma força viva, um livro que sobrepuja todos os outros”. (Napoleão Bonaparte, imperador francês).
“Manancial de consolo e conselho, refúgio para as horas de tormenta e tribulação, guia de exemplos e ensinamentos, mestre silencioso e sempre disponível, a Bíblia é o mais secreto confidente das penas e aflições, e ninguém sai de suas páginas sem receber apaziguadora resposta para as dúvidas, bálsamo e estímulo nas ocasiões de angústia e desespero” (Austregésilo de Ataíde, escritor brasileiro).
“A Bíblia é a voz do Todo-Poderoso. É muito diferente dos livros sagrados das outras religiões. Neles, o Homem fala de Deus, mas na Bíblia, é Deus falando ao Homem” (Willian Spicer, escritor).
“Já prego o Evangelho há 36 anos, em torno de 22 mil sermões, e posso dizer que a Bíblia é inesgotável. A Palavra é como seu autor: infinita, imensurável, eterna. Se for consagrado pastor para toda a eternidade, teria assunto suficiente para pregar” (Charles Spurgeon, grande pregador inglês).
“Progridam quanto quiser, desenvolva-se ao máximo a pesquisa e a ciência, nada tomará o lugar da Bíblia” (Goethe, poeta alemão).
“Ou este livro me afastará do pecado, ou o pecado me afastará deste livro” (Moody, famoso pregador inglês).

3 – O QUE É A BÍBLIA ?
A palavra “Bíblia” não aparece nas Sagradas Escrituras, mas veio do grego “biblion”, que significa “coleção de pequenos livros”.
Inicialmente, a Palavra de Deus foi transmitida verbalmente (tradição oral), de pai para filho, até o dia em que Deus ordenou aos homens que a registrassem na forma escrita (Êx. 17.14; Jr. 30.2).

4 – QUEM ESCREVEU A BÍBLIA ?
Cerca de 40 pessoas, das mais diversas profissões e ocupações:
1.Ageu - profeta
2.Aías - profeta
3.Amós – agricultor e peão de boadeiro
4.Asafe (parte dos Salmos)- levita
5.Baruque - secretário
6.Daniel – estadista e profeta
7.Davi (Salmos) – rei
8.Débora – profetisa e juíza
9.Esdras - escriba
10.Ester - rainha
11.Etã - levita
12.Ezequiel - sacerdote
13.Filhos de Coré - levitas
14.Gade - profeta
15.Habacuque - profeta
16.Isaías - profeta
17.João - pescador
18.Joel - profeta
19.Jonas – profeta
20.Josué - militar
21.Judas – apóstolo
22.Lucas - médico
23.Malaquias - profeta
24.Marcos
25.Mateus - pescador
26.Miquéias - profeta
27.Moisés - legislador
28.Natã (partes de Crônicas e Reis) - profeta
29.Naum - profeta
30.Neemias – copeiro e governador
31.Obadias - profeta
32.Oséias - profeta
33.Paulo – doutor da lei
34.Pedro – pescador
35.Rute
36.Salomão (Provérbios, Eclesiastes, Cantares) - rei
37.Samuel – profeta e juiz
38.Sofonias - profeta
39.Tiago – apóstolo
40.Zacarias – profeta

5 – QUANDO FOI ESCRITA A BÍBLIA ?
Num período de cerca de 1.600 (mil e seiscentos) anos, de 1500 a.C (antes de Cristo) a 100 d.C (depois de Cristo), totalizando 66 (sessenta e seis) livros.

6- DIVISÃO E CLASSIFICAÇÃO DA BÍBLIA
6.1 – ANTIGO TESTAMENTO
São 39 livros,divididos em:
Lei ou Pentateuco: do livro de Gênesis ao de Deuteronômio, essa parte é chamado pelos judeus de “Torá”. Além de contar a origem do mundo, fala do início da história do povo judeu, até sua saída do Egito.
História: do livro de Josué ao de Ester, conta desde o estabelecimento do povo judeu na terra de Canaã, até o retorno do cativeiro de Babilônia.
Poesia: de Jó a Cantares, contém revelação e adoração na forma lírica.
Profecia: de Isaías a Malaquias, é subdividida em duas partes, Profetas Maiores (Isaías, Jeremias, Lamentações e Ezequiel) e Profetas Maiores (de Oséias a Malaquias).

6.2 – NOVO TESTAMENTO
Biografia: Os Evangelhos de Mateus, Marcos Lucas e João contam sobre o nascimento, ministério, morte, ressurreição e ascensão de Jesus Cristo, o Messias prometido no Antigo Testamento.
História: Atos dos Apóstolos conta a história da Igreja Primitiva, até cerca do ano 60 da Era Cristã.
Doutrina: de Romanos a Judas, as Epístolas (ou Cartas) mostram de forma esclarecedora os mandamentos de Cristo à sua Igreja.
Profecia: no Apocalipse, Deus revela os últimos dias, com o final da História e o começo da Eternidade.

7 – A MENSAGEM DA BÍBLIA
A) Deus é o Criador de tudo, e Senhor de todos.
B) Apresenta com verdade e clareza a realidade do pecado.
C) Apresenta o plano de salvação para o Homem, através do nascimento do Messias (Jesus) e sua morte no Calvário.
D) Mostra como deve ser a vida terrena de santificação dos que se decidem a Cristo como Senhor e Salvador.
E) Esclarece sobre a vida futura na eternidade, dependendo das escolhas feitas nesta vida.
F) Revela a volta triunfal de Cristo a este mundo, e o alvorecer do Novo Estado Eterno, o Reino de Deus.

8- A SINGULARIDADE DA BÍBLIA
1.INSPIRAÇÃO: as mensagens registradas pelos escritores sagrados não foram produzidas por suas mentes e corações, mas “sopradas por Deus” (2ª Pe 1.21; 1ª Co 2.13). É como se Deus ditasse e eles escrevessem. A inspiração da Bíblia é:
plena - pois TODA a Bíblia é inspirada por Deus, e não só partes dela;
verbal – pois CADA PALAVRA é inspirada, Deus guiou os escritores na escolha de suas palavras, de acordo com a personalidade e contexto cultural de cada um.
1.INERRÂNCIA: as palavras usadas pelos escritores para expressar as verdades sagradas não sofreram erro nenhum.
2.INFALIBILIDADE: as profecias bíblicas, ao contrário das nebulosas “Centúrias” de Nostradamus, tem se cumprido fielmente, sem restar dúvida alguma. Alguns exemplos:
Cativeiro Babilônico (Deuteronômio 28, Jeremias 15 e 25, Oséias 3, Isaías 39);
Retorno do Cativeiro (Jeremias 29);
os 4 Grandes Impérios mundiais (Daniel 2 a 7);
Guerra entre Síria e Egito após a morte de Alexandre o Grande (Daniel 11);
o progresso científico nos últimos tempos (Dn. 12);
o retorno de Israel como nação (Ezequiel 37, Isaías 66.8).
1.UNIDADE: os 66 livros da Bíblia, escritos por 40 pessoas ao longo de 1.600 anos formam um todo uniforme e harmônico entre si, sem contradições ou discrepâncias.
2.UNIVERSALIDADE: as verdades bíblicas podem ser aplicadas em qualquer povo, em qualquer época, e em qualquer cultura.

9- OS LIVROS APÓCRIFOS
A palavra “apócrifo”, do grego apokrypha, significa escondido, nome usado pelos escritores eclesiásticos para determinar, 1) Assuntos secretos, ou misteriosos; 2) de origem ignorada, falsa ou espúria; 3) documentos não canônicos.
Os livros apócrifos do Antigo Testamento (A.T.): Estes não faziam parte do Cânon hebraico, mas todos eram mais ou menos aceitos pelos judeus de Alexandria que liam o grego, e pelos de outros lugares; foram primeiramente escritos em grego. São eles:
1.1º (ou 3º) Livro de Esdras: é simplesmente a forma grega de Ezra, e o livro narra o declínio e a queda do reino de Judá desde o reinado de Josias até à destruição de Jerusalém; o cativeiro de Babilônia, a volta dos exilado, e a parte que Esdras tomou na reorganização da política judaica. Em algumas partes, amplia a narração bíblica, mas estas adições são de autoridade duvidosa. Ignora-se o tempo em que foi escrito e quem foi o meu autor.
2.2º (ou 4º) Livro de Esdras: é um tratado religioso, que tem como objetivo registrar as sete revelações de Esdras em Babilônia, algumas das quais tomaram a forma de visões: a mulher que chorava, 9.38, até 10.56; a águia e o leão, 11.1 até 12.39; o homem que se ergueu do mar, 13.1-56. O autor destes capítulos é desconhecido.
3.Livro de Tobias: consta a vida de um judeu chamado Tobias de Neftali, homem piedoso, que tinha um filho de igual nome. O pai havia perdido a vista. O filho, tendo de ir a Rages na Média, para cobrar uma dívida, foi levado por um anjo a Ecbatana, onde fez um casamento romântico com uma viúva que, tendo-se casado sete ve­zes, ainda se conservava virgem. Os sete maridos haviam sido mortos por Asmodeu, o mau espírito nos dias de seu casamento. Tobias, porém, foi animado pelo anjo a tornar-se o oitavo marido da virgem-viúva, escapando à morte, com a queima de fígado de peixe, cuja fumaça afugentou o mau espírito. Voltando, curou a cegueira de seu pai esfregando-lhe os escurecidos olhos com o fel do peixe que já se tinha mostrado tão prodigioso. O livro de Tobias é manifestamente um conto moral e não uma história real. A data mais provável de sua publicação é 350 ou 250 a 200 A.C.
4.Judite: conta a história de uma viúva judia, de temperamento masculino, conquistou o coração de Holofernes, comandante do exército assírio, que sitiava a cidade de Betúlia. Aproveitando-se de sua intimidade na tenda de Holofernes, tomou da espada e cortou-lhe a cabeça enquanto ele dormia. A narrativa está cheia de incorreções, de anacronismos e de absurdos geográficos.
5.Ester: Acréscimos de capítulos que não se acham nem no original hebreu, nem no original caldaíco. Amplifica partes da narrativa da Escritura, sem fornecer nenhuma novidade importante, e em alguns lugares contradiz a história como se contém no texto hebreu.
6.Sabedoria de Salomão: Este livro é um tratado de Ética recomendando a sabedoria e a retidão, e condenando a Iniqüidade e a idolatria. As passagens salientam o pecado e a loucura da adoração das imagens, lembram as passagens que sobre o mesmo assunto se encontram nos Salmos e em Isaías. O autor em nome de Salomão; diz que foi escolhido por Deus para rei do seu povo, e foi por ele dirigido a construir um templo e um altar, sendo o templo feito conforme o modelo do tabernáculo.
7.Eclesiástico: também denominado “Sabedoria de Jesus, filho de Siraque”. É um valioso tratado de Ética. Há lugares que fazem lembrar os livros de Provérbios, Eclesiastes e porções do livro de Jó, das escrituras canônicas, e do livro apócrifo, Sabedoria de Salomão.
8.Baruque: Baruque era amigo do Jeremias. Os primeiros cinco capítulos do seu livro pertencem à sua autoria, enquanto que o sexto é intitulado “Epístola de Jeremias.” Trata da confissão dos pecado de Israel, orações pedindo perdão a Deus, exortação a Israel para voltar à fonte da Sabedoria, mensagens de ânimo e promessas de livramento, 4.5 até 5.9
9.Acréscimos à História de Daniel: “O cântico dos três jovens” - É desconhecido o seu autor e ignorada a data de sua composiçã; “a história de Suzana” - conta como o profeta Daniel descobriu uma falsa acusação contra Suzana, mulher piedosa. Ignora-se a data em que foi escrita e o nome de seu autor; “Bel e o dragão”- o profeta mostra como os sacerdotes do deus Bel e suas famílias comiam as ofertas feitas ao ídolo, e mata o dragão. Por este motivo, o profeta é lançado pela segunda vez na caverna dos leões. Ignora-se a data em que foi escrita e o nome do autor.
10.Oração de Manassés, rei de Judá quando esteve cativo em Babilônia. Compare, 2º Cr 33.12,13. Autor desconhecido. Data provável, 100 anos A. C.
11.Primeiro Livro dos Macabeus: E um tratado histórico de grande valor, em que se relatam 05 acontecimentos políticos e os atos de heroísmo da família levítica dos Macabeus durante a guerra da lndependência judaica, dois séculos A.C. O autor é desconhecido, mas evidentemente é judeu da Palestina. Há duas opiniões quanto à data em que foi escrito; uma dá 120 a 106 A.C., outra, com  melhores fundamentos, entre 105 e 64 A.C. Foi traduzido do hebraico para o grego.
12.Segundo Livro dos Macabeus: É inquestionavelmente um epítome da grande obra de Jasom de Cirene; trata principalmente da história Judaica desde o reinado de Seleuco IV, até à morte de Nicanor, 175 e 161 A.C. É obra menos importante que o primeiro livro. O assunto é tratado com bastante fantasia em prejuízo de seu crédito, todavia, contém grande soma de verdade. O livro foi escrito depois do ano 125 A.C. e antes a tomada de Jerusalém, no ano 70 A.D.
13.Terceiro Livro dos Macabeus: Refere-se a acontecimentos anteriores à guerra da independência. O ponto central do livro e pretensão de Ptolomeu Filopater IV, que em 217 A.C. tentou penetrar nos Santo dos Santos, e a subseqüente perseguição contra os judeus de Alexandria. Foi escrito pouco antes, ou pouco depois da era cristã, data de 39, ou 40 A.D.
14.Quarto Livro dos Macabeus: É um tratado de moral advogando o império da vontade sobre as paixões e ilustrando a doutrina com exemplos tirados da história dos macabeus. Foi escrito depois do 2º Macabeus e antes da destruição de Jerusalém.
15.Livros Pseudo-epígrafos: apresentam-se como escritos pelos santos do Antigo Testamento. Eles são amplamente apocalípticos; e representam esperanças e expectativas que não produziram boa influência no primitivo Cristianismo. Entre eles podem mencionar-se:
16.Livro de Enoque (etiópico), que é citado em Judas 14. Atribuem-se várias datas, pelos últi­mos dois séculos antes da era cristã.
17.Os Segredos de Enoque (eslavo), livro escrito por um judeu helenista, ortodoxo, na primeira metade do primeiro século d.C.
18.O Livro dos Jubileus (dos israelitas), ou o Pequeno Gênesis, tratando de particularidades do Gênesis duma forma imaginária e legendária, escrito por um fariseu entre os anos de 135 e 105 a.C.
19.Os Testamentos dos Doze Patriarcas: é este livro um alto modelo de ensino moral. Pensa-se que o original hebraico foi composto nos anos 109 a 107 a.C., e a tradução grega, em que a obra chegou até nós, foi feita antes de 50 d.C.
20.Os Oráculos Sibilinos, Livros III-V, descrições poéticas das condições passadas e futuras dos judeus; a parte mais antiga é colocada cerca do ano 140 a.C., sendo a porção mais moderna do ano 80 da nossa era, pouco mais ou menos.
21.Os Salmos de Salomão, entre 70 e 40 a.C.
22.As Odes de Salomão, cerca do ano 100 da nossa era, são, provavelmente, escritos cristãos.
23.O Apocalipse Siríaco de Baruque (2º Baruque), 60 a 100 a.C.
24.O Apocalipse grego de Baruque (3º Baruque), do 2º século, a.C.
25.A Assunção de Moisés, 7 a 30 d.C.
26.A Ascensão de Isaias, do primeiro ou do segundo século d.C.

Os Livros Apócrifos do Novo Testamento (N.T.): Sob este nome são algumas vezes reunidos vários escritos cristãos de primitiva data, que pretendem dar novas informações acerca de Jesus Cristo e Seus Apóstolos, ou novas instruções sobre a natureza do Cristianismo em nome dos primeiros cristãos. Entre os Evangelhos Apócrifos podem mencionar-se:
1.O Evangelho segundo os Hebreus  (há fragmentos do segundo século);
2.O Evangelho segundo S. Tiaqo, tratando do nascimento de Maria e de Jesus (segundo século);
3.Os Atos de Pilatos.(Segundo século).
4.Os Atos de Paulo e Tecla (segundo século).
5.Os Atos de Pedro (terceiro século).
6.Epístola de Barnabé (fim do primeiro século).
7.Apocalipse de Pedro (segundo século).

A DOUTRINA DO HOMEM

TEXTO BASE: SALMO 8, VV 4-6
  1. O QUE É O HOMEM ?
A) É CRIATURA DE DEUS. A Bíblia declara que Deus formou o homem do pó da terra, portanto, somos obra das suas mãos. Ver Jó 4.17 e Ec 12.1. Por isso, não temos o direito de mandar em Deus, encostá-lo na parede, já que Ele é nosso Criador.

B) É COROA DA CRIAÇÃO DIVINA
Deus criou o homem para governar a natureza, ou seja, cuidar bem dela e usá-la da melhor maneira possível. Não significa que a Bíblia autoriza que as pessoas explorem até acabar com os animais, as plantas e todo o ambiente natural. Isso acontece hoje em dia porque, com a queda do homem, com a entrada do pecado no mundo, a natureza também ficou prejudicada pela ação maldosa do ser humano (Rm 8.20-22).

C) É IMAGEM E SEMELHANÇA DE DEUS
Aqui existe muita discussão entre as pessoas. Alguns pensam: se somos imagem de Deus, então temos poderes divinos, como por exemplo falar e acontecer. É por isso que muitas pessoas acham que decretar, determinar, declarar, ou seja, abrir a boca e falar faz com que as coisas aconteçam e as bençãos sejam derramadas.
Acontecem dois grandes erros: transformar o homem em Deus e transformar Deus num homem (ex do livro de Mórmom).
Deus não tem um corpo físico como nós.
Mas na verdade, quando a Bíblia diz que somos imagem de Deus, ela quer dizer que, assim como Deus, assim também nós temos moralidade (ou seja, sabemos diferenciar o certo do errado, o bem do mal), temos livre arbítrio; temos inteligência; temos vontade própria, temos a eternidade em nosso coração; e temos domínio sobre a criação.
E quando a Bíblia diz que somos semelhança de Deus, significa que, assim como Deus é três em um (Pai, Filho e Espírito Santo formam um só Deus), assim também os três elementos da pessoa (corpo, alma e espírito), formam um só indivíduo.


  1. A CRIAÇÃO DO HOMEM
Sabemos que Deus não fez o homem como fez o resto da Natureza, já que para que os animais e plantas existissem Deus falou e eles apareceram. Já no caso do homem, a Trindade se reuniu e decidiu “façamos o homem”.
Portanto, não foi através da teoria da evolução, que afirma que um tipo de macaco foi se transformando ao longo de milhões até chegar ao tipo de pessoas que temos hoje. Não: Deus criou o homem como ele é hoje.
Quanto aos tipos de esqueletos diferentes que os cientistas encontram, é fácil responder: seriam de macacos já extintos, ou mesmo seres humanos deformados, ou ainda adaptados a um determinado ambiente.
Alguns crentes ficam confusos com essas teorias que vão contra a Bíblia, porque são apresentadas como ciência. Mas a Bíblia nos declara em 1º Tm 6.20, que nem toda ciência é verdadeira.


  1. A CONSTITUIÇÃO DO HOMEM
A) CORPO: é a parte do homem que se comunica com o mundo material, através da visão, audição, olfato, paladar e tato. Algumas religiões de antigamente e até algumas de hoje pregam que o corpo é uma coisa ruim, uma prisão da alma, que deve ser desprezado e maltratado, e por causa disso se chicoteiam, se batem, passam fome. Mas a Bíblia diz que o nosso corpo é templo do Espírito Santo, e Deus quer que os nossos corpos sejam para santificação e glorificação do seu nome (1º Co 6.18-20).

B) ALMA: é o nosso eu interior, é a nossa personalidade, que se comunica com o mundo material através dos sentidos. A pessoa pode ficar com sua alma funcionando enquanto que o corpo está “desligado” (caso do coma). É onde ficam nossos sentimentos, daí a Bíblia falar de alma alegre, triste, abatida, etc. Em algumas passagens bíblicas, alma significa pessoa, e em outras significa espírito (Gn 2.19; Sl 42.2)

C) ESPÍRITO: é a parte do homem que entra em contrato com Deus. Quando morremos, entregamos o espírito a Deus. Deus lnça o espírito dos ímpios no inferno (Sl. 9.17)

Portanto, o homem não é uma criatura tripartida, ou seja, 3 partes independentes. O corpo se relaciona com o mundo físico, enquanto que a alma e o espírito se relacionam com o mundo espiritual.
Diz a Bíblia que, quando da criação do homem, Deus formou o corpo do pó da terra, soprou nas narinas (espírito), e o homem foi feito alma vivente.
O pecado tirou a glória de Deus do homem. Mas o Pai Celeste providenciou a salvação através de Jesus Cristo. Hoje, somos filhos de Deus, e quando Cristo voltar, seremos transformados para ser como Ele, no estado original que Deus criou o homem.

Pesquisar este blog